Efeito do levonorgestrel como anticoncepção de emergência sobre o número, motilidade e a taxa de reação acrosomal de espermatozoides recuperados da tuba uterina

Resumo

O objetivo deste estudo será avaliar o número, a motilidade e a taxa de reação acrossomal (RA) dos espermatozóides retirados da tuba uterina entre 30-36 horas após o coito em mulheres tratadas 12 horas após o coito com levonorgestrel (LNG) administrado como anticoncepção de emergência (AE) ou placebo em forma aleatória e doublé cego. Isto permitirá testar a hipótese de que o LNG ministrado como AE é capaz de afetar a migração espermática no local da fertilização e a adesão ao epitélio tubário. Para testar a hipótese 12 mulheres, 6 em cada grupo (LNG ou placebo), serão incorporadas em forma aleatória e duplo cego. Serão mulheres agendadas para esterilização cirúrgica definitiva voluntária. Para evitar a gravidez, será induzido anovulação através do uso de GnRh análogo de depósito e a produção de muco cervical e o desenvolvimento do endométrio serão estimulados através do uso de estrogênio. A partir do sangramento provocado pelo GnRH-a o estradiol será ministrado e quando o muco cervical estiver adequado, será solicitada uma relação sexual à noite. Doze horas posteriores será ministrado o LNG ou placebo e a cirurgia será realizada 24 horas posteriores. Será monitorado que não ocorra desenvolvimento folicular diariamente por ultra-sonografia além de certificar que não tenha espermatozóides na vagina antes do coito programado. Durante a cirurgia serão perfundidas as trompas, por separado a porção ístmica da porção distal. Será avaliado o número de espermatozóides recuperados da tuba uterina, sua motilidade e a taxa de reação acrossomal. Após a lavagem, os espermatozóides serão isolados do meio de cultura e posteriormente serão corados com Hoescht 33258 e com FITC-PSA e avaliados quanto à vitalidade e a RA. Os resultados obtidos com a administração do LNG e do placebo serão comparados através de análise de variância (ANOVA). Se os resultados forem similares entre o uso do LNG e placebo, confirmaria dados prévios do nosso grupo com mulheres com trompas obstruídas e ajudaria no entendimento do não efeito do LNG como AE sobre os espermatozóides. (AU)