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Levonorgestrel como contraceptivo de emergência e sua influência sobre algumas funções espermáticas

Texto completo
Autor(es):
Alexia Hermanny
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Ciências Médicas
Data de defesa:
Membros da banca:
Luis Guillermo Bahamondes; Ilza Maria Urbano Monteiro; Arlete Maria dos Santos Fernandes; Jose Mendes Aldrighi; Cristina Aparecida Falbo Guazzelli
Orientador: Luis Guillermo Bahamondes
Resumo

O mecanismo de ação do levonorgestrel (LNG) na anticoncepção de emergência (AE) ainda não está totalmente esclarecido e seu efeito nas funções espermáticas também não está explicado. Os objetivos deste trabalho foram avaliar se o LNG, em dose igual à observada após a ingestão oral para AE, poderia afetar espermatozoides expostos in vitro à tuba uterina humana e realizar uma revisão bibliográfica sobre o efeito do LNG nas diferentes funções espermáticas. Foram realizados 15 experimentos. As tubas uterinas foram removidas através de mini-laparotomias e foram perfundidas com uma suspensão contendo 1x106 espermatozoides móveis, com e sem LNG. A tuba correspondente ao lado onde o folículo dominante estava presente recebeu a suspensão com LNG em pacientes alternados. Após um período de incubação de 4 horas, o istmo e a ampola de cada tuba foram separados. Cada segmento foi lavado separadamente e o material obtido foi avaliado quanto ao número de espermatozoides móveis recuperados, número de espermatozoides aderidos ao epitélio tubário e taxa de reação acrossômica (RA). A presença do LNG não afetou significativamente o número de espermatozoides móveis recuperados do istmo e da ampola, e não afetou o número de espermatozoides aderidos ao epitélio tubário. O LNG também não influenciou a taxa de RA. Diferenças significativas também não foram observadas quando o lado ovulatório foi considerado. A revisão bibliográfica realizada deixou evidente que existem poucos estudos que analisam a influência do LNG como AE sobre as funções espermáticas, apesar de este ser um possível mecanismo de ação. Além disso, os estudos revisados utilizam diferentes métodos de avaliação e os resultados são, muitas vezes, contraditórios. De acordo com os resultados observados na literatura, quando o LNG é usado na AE, provavelmente não atinge concentração plasmática suficiente para ser reconhecido pelos receptores de progesterona (P). Resultados positivos só foram observados quando a dose de LNG utilizada nos experimentos foi comparável ao sistema intrauterino liberador de LNG (SIU-LNG), ou seja, muito maior que a utilizada na AE. O LNG, em dose similar à observada no plasma após a ingestão oral para AE, não afetou o número, a aderência ao epitélio tubário, a distribuição e a taxa de RA de espermatozoides na tuba uterina humana, in vitro. De acordo com os resultados observados na literatura, se o LNG, na concentração utilizada para AE, afeta ou não a função espermática ainda não está claro, e mais estudos são necessários (AU)

Processo FAPESP: 07/07866-2 - Efeito do levonorgestrel como anticoncepção de emergência sobre o número, motilidade e a taxa de reação acrosomal de espermatozoides recuperados da tuba uterina
Beneficiário:Alexia Hermanny
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado