Desenvolvimento de testes para avaliação do desempenho de eqüinos 'a campo' e estudo da relação entre desempenho e incidência de babesiose em eqüinos treinados para provas de pólo eqüestre de alto nível

Resumo

Atualmente o complexo do agronegócio cavalo configura-se como uma potência econômica tanto para o mercado interno por meio da geração de empregos, diretos e indiretos, como para as exportações. Segundo a Comissão Nacional do Cavalo, o Brasil possui 23 associações de produtores de cavalos sendo que a atividade eqüestre movimenta R$ 7,3 bilhões anuais. Desta maneira, a busca de novas soluções tecnológicas e execução de pesquisas devem considerar a utilização sustentável dos animais. Assim, itens relacionados à prevenção do excesso de treinamento que, invariavelmente provocam lesões, principalmente músculo-esqueléticas, acarretam em perdas tanto da vida útil do atleta quanto financeira. Para enfrentar esses desafios emergentes, o meio acadêmico deve integrar as atividades de ensino, pesquisa e extensão, gerando conhecimento técnico para médicos veterinários e zootecnistas que atuam no campo. Estes precisam integrar profissionais, treinadores e proprietários nesta visão sustentável. Isto posto, a fisiologia do exercício, por meio da utilização de testes de esforço, realizados no campo para avaliação do desempenho, torna-se ferramenta fundamental no estabelecimento da intensidade do treinamento e avaliação de atletas da espécie eqüina. Além disso, os testes podem ter utilidade clínica. A babesiose é um problema endêmico no Brasil, tanto no que diz respeito às barreiras internacionais, quanto às perdas durante o treinamento nas diversas modalidades eqüestres. Neste projeto objetiva-se, comparar três diferentes metodologias, a campo, para a estimativa do limiar de anaerobiose em eqüinos (Limiar Anaeróbico Individua - LAI, a V4 e o Ponto de Lactato Mínimo - Lacmin) e determinar o mais adequado. Com o método definido, e com o auxílio da análise de outras variáveis fisiológicas, acompanhar cavalos de pólo em provas do campeonato brasileiro, correlacionando-se as variáveis fisiológicas, obtidas nas provas e nos testes de esforço, com possíveis respostas subclínicas causadas pela Babesiose eqüina.