Células t regulatórias em cães com linfoma: quantificação no momento do diagnóstico e após etapa inicial do tratamento quimioterápico

Resumo

Linfoma é uma neoplasia caracterizada por proliferação clonal de linfócitos malignos e se origina da medula óssea, timo, baço, fígado ou linfonodos. Entretanto, pode desenvolver-se em praticamente qualquer órgão, pela contínua migração dos linfócitos pelos diferentes tecidos do organismo. Trata-se de uma das neoplasias malignas mais comuns em cães, representando de 8,5 a 9% de todos os tumores caninos. As células T regulatórias (Tregs) são descritas como linfócitos T CD4+ que expressam constitutivamente a cadeia ± do receptor da interleucina (IL) 2 (CD25). Acredita-se que as Tregs regulem as respostas imunes fisiológicas e sua participação em diversas enfermidades como doenças infecciosas, alérgicas, neoplásicas, auto-imunes e imunologia dos transplantes foram observadas. Há evidências que as Tregs sub-regulam a função efetora contra tumores, resultando em disfunção de células T em humanos e cães com câncer. Estudo com as células Tregs em humanos tem encorajado pesquisas semelhantes na Medicina Veterinária e, apesar do número crescente de trabalhos com Tregs em cães, poucos foram realizados com linfoma e, portanto, poucos resultados estão disponíveis. Além disso, nulos são os conhecimentos sobre o comportamento das Tregs em relação ao imunofenótipo dos linfomas caninos. Portanto, pretende-se com este estudo, quantificar as células T regulatórias em cães com linfoma B e T (por meio de citometria de fluxo de sangue periférico) no momento do diagnóstico, durante e após a quimioterapia antineoplásica com o protocolo Madison-Wisconsin de 19 semanas (UW-19). (AU)