Archosauriformes não ornitossúquios do Triássico brasileiro: anatomia, taxonomia e filogenia

Resumo

Archosauriformes são formados por Archosauria e táxons estemáticos afins a este. Durante o Triássico, os arcossauros se divergiram em duas grandes linhagens: Pseudosuchia ("pró-crocodiliana") e Ornithosuchia ("pró-aviana"). A linhagem Ornithosuchia é mais bem conhecida e estudada. Diferentemente, a linhagem Pseudosuchia e os Archosauriformes não arcossaurianos possuem várias incertezas quanto a sua evolução, como o parentesco relativo dos seus grupos e o monofiletismo de alguns destes. Nesse sentido, recentes trabalhos de Archosauriformes indicam a necessidade de estudos aprofundados da anatomia e taxonomia dos táxons previamente propostos na literatura e a descrição de novos espécimes e espécies. O Brasil possui uma posição de destaque na contribuição do estudo da evolução de Archosauriformes, registrando a maioria dos seus grupos no Triássico do Rio Grande do Sul. No entanto, alguns destes táxons não tiveram uma descrição anatômica detalhada, além de haver vários espécimes depositados nas coleções científicas sem uma identificação mais específica. Desta maneira, fica evidente a necessidade de um estudo revisional da anatomia e taxonomia destes materiais fósseis brasileiros. Um estudo desta natureza, como proposto neste projeto de pós-doutorado, poderá resultar em importantes informações acerca da evolução dos Archosauriformes, fornecendo dados relevantes de distribuição paleobiogeográfica e temporal dos seus sub-grupos, bem como a possível identificação de grupos ainda não registrados ou pouco amostrados no Brasil. Ademais, a inclusão destes táxons em uma análise filogenética permite testar, sob a ótica dos preceitos cladísticos, o posicionamentos de tais táxons. (AU)