Desenvolvimento de imaturos de espécies de importância forense, Chrysomya megacephala (F.) e Chrysomya putoria (W.) (Diptera: Calliphoridae), sob influência de diferentes temperaturas e/ou cloridrato de fluoxetina

Resumo

Vários estudos têm demonstrado que fatores como temperatura, presença de substâncias tóxicas nos tecidos do cadáver e densidade larval podem afetar o desenvolvimento de insetos necrófagos encontrados em um corpo, consequentemente alterando a estimativa do intervalo pós-morte (IPM), quando este é calculado a partir da idade das larvas que se criam neste substrato. Contudo, pouco se sabe sobre o efeito de duas variáveis combinadas no cálculo do IPM. Assim, o presente estudo terá como objetivos avaliar a taxa de desenvolvimento de imaturos de Chrysomya putoria (Wiedemann) e Chrysomya megacephala (Fabricius) (Diptera: Calliphoridae) em diferentes temperaturas - 5, 10, 15, 20, 25, 30 e 35ºC - sob o efeito de distintas concentrações de cloridrato de fluoxetina - 1xDT e 2xDT (considerando DT= 60mg/dia para indivíduo adulto - 60kg). Um grupo controle, sem adição de droga, será mantido simultaneamente sob as mesmas condições, para fins comparativos, para todas as espécies. Adicionalmente, com o auxílio de câmera termográfica, será mensurada a temperatura da massa larval em cada condição de tratamento. Com base nas informações obtidas, modelos de graus-horas acumuladas ou ADH (acumulated degree hours) serão reformulados visando aumentar a acurácia do IPM em casos que envolvam morte por uso ou abuso de drogas.