Comportamento de edifícios altos em alvenaria estrutural

Resumo

Devido as suas importantes funções como elementos resistentes as cargas laterais, as paredes de contraventamento têm atraído à atenção de muitos pesquisadores nos últimos anos. Pesquisas significativas foram realizadas para estudar o comportamento de paredes de contraventamento, mas, infelizmente, a maioria foi em paredes cegas (sem aberturas) e de um andar. Em contrapartida as paredes de contraventamento com aberturas são típicas em edifícios reais e levar em conta o efeito de ligação entre cada lado da abertura é altamente significativo para edifícios altos. O trabalho aqui proposto tem como objetivo avaliar o comportamento de paredes de contraventamento armadas e de três andares, acopladas por um lintel sobre aberturas de porta e janela (pórticos de alvenaria estrutural) ou por uma viga de concreto armado (estrutura híbrida de pórtico de alvenaria e concreto armados). Os testes serão realizados em escala física reduzida 1/2, com carregamento cíclico quase-estático no topo. Esses servirão de base para aferir modelos em elementos finitos, que posteriormente serão expandidos para análise de outros fatores não contemplados na parte experimental. O trabalho será realizado na Universidade de Calgary (Canada), com alguns ensaios a serem realizados no Laboratório de Estruturas da Brigham Young University (EUA). Nove pórticos de alvenaria serão instrumentados com a ajuda de sistema ótico e strain gages regulares e LVDTs. O trabalho proposto aqui irá contribuir para a compreensão de como as paredes de alvenaria com aberturas podem contribuir para a estabilidade de carga lateral. Será que vai ter o comportamento de um pórtico ou será que a região sobre as aberturas comportará como uma biela? Quais são as diferenças entre a concepção de uma viga rígida de concreto armado ou uma viga de alvenaria para acoplar as paredes? Os ensaios irão avaliar estes e outros aspectos. Os resultados dos ensaios, também contribuirá para difundir o uso de estruturas de alvenaria, em prédios altos como amplamente visto no Brasil e podem contribuir também para difundir a sua utilização em áreas sísmicas e de vento na América do Norte, Austrálasia e outros. (AU)