Estudo sobre a produção de etanol de segunda geração a partir de capim elefante

Resumo

A produção de etanol de segunda geração a partir da biomassa lignocelulósica pode ser a chave para aumentar a matriz energética do país de forma sustentável. O principal impedimento atual para que isto ocorra são os custos elevados das etapas de produção desse biocombustível. Assim, é importante desenvolver e aprimorar os processos de obtenção do etanol a partir da celulose para que os gastos sejam minimizados e o processo se torne viável. O processo mais conhecido de produção de etanol celulósico envolve quatro etapas: o pré-tratamento, a hidrólise, a fermentação e a purificação. O pré-tratamento é necessário para alterar a estrutura e a composição da biomassa lignocelulósica, deixando a celulose mais acessível às enzimas hidrolíticas que atuarão na etapa seguinte. Já a hidrólise enzimática é responsável por disponibilizar a glicose a partir da celulose. A fermentação é similar à que é realizada atualmente para obtenção de etanol de primeira geração, em que se utilizam leveduras para transformar açúcares em etanol. Por fim, a purificação garante que o etanol obtido esteja livre de resíduos e dentro dos parâmetros legais para ser comercializado. O objetivo deste projeto é estudar o processo de produção de etanol de segunda geração a partir de capim-elefante, que é uma biomassa abundante no Brasil e com características vantajosas para a obtenção de etanol. O projeto estará focado na otimização das etapas de pré-tratamento e de hidrólise, uma vez que essas são, atualmente, as etapas mais limitantes para o processo em termos econômicos. Serão realizados cálculos para estimar os custos de tempo, energia, reagentes e enzimas necessários, buscando aumentar ao máximo a razão entre o valor econômico que pode ser obtido com a venda dos produtos gerados e o custo do processo.