Efeito do gênero e da normalização do sinal eletromiográfico na ativação dos músculos trapézio e serrátil anterior durante atividade ocupacional repetitiva

Resumo

A pesquisa terá como objetivo investigar se existe diferença entre gêneros na variabilidade motora durante a realização de uma tarefa repetitiva e após a indução de fadiga muscular (Estudo 1), bem como avaliar o efeito de diferentes formas de normalização dos dados da eletromiografia de superfície (sEMG) realizada a partir de contrações máximas, submáximas e de dois tipos de contração de referência para o músculo trapézio e serrátil anterior na diferença entre gêneros (Estudo 2). Serão avaliados 18 homens e 18 mulheres, assintomáticos para as regiões de pescoço e ombro. As quatro porções do músculo trapézio e o serrátil anterior serão avaliados do lado dominante por meio da sEMG. O registro será efetuado durante a simulação de uma atividade industrial altamente repetitiva, executada na postura sentada. Para o Estudo 1, a tarefa será realizada até que haja indução de fadiga muscular de acordo com critérios descritos na literatura. No Estudo 2, a mesma tarefa será realizada continuamente durante 4 minutos e o sinal eletromiográfico obtido será normalizado a partir de 4 métodos, considerando contrações voluntárias de diferente natureza. O sinal eletromiográfico será processado utilizando o software Matlab (v8.0, The Mathworks Inc., Natick, MA, USA). Os valores RMS, a frequência mediana e o slope dessas variáveis serão calculados para avaliação da diferença de gênero no padrão de atividade muscular. Além disso, a variabilidade motora será avaliada a partir do coeficiente de variação dos valores RMS. No Estudo 1, a informação mútua normalizada (normalized mutual information) dos pares de músculos investigados também será considerada na análise. No Estudo 2, a APDF (Amplitude Probability Distribution Function) será considerada para os valores RMS obtidos durante a tarefa. Para isso serão considerados os percentis 10, 50 e 90. A compreensão dos mecanismos fisiológicos relacionados ao padrão de atividade muscular, considerando o gênero, possivelmente contribuirá para o maior sucesso de intervenções visando à prevenção e ao controle de sintomas musculoesqueléticos nas regiões de pescoço e ombro. (AU)