Estudo da espermatogênese e maturação espermática em cães senis

Resumo

O presente estudo tem como objetivos comparar entre cães jovens e senis: a expressão dos hormônios LH, estrógeno e testosterona durante a espermatogênese e maturação epididimária; as características hemodinâmicas e vasculares dos testículos e epidídimos, a morfofuncionalidade espermática e o perfil proteico do fluido epididimário. Serão selecionados cães jovens em maturidade reprodutiva (1 a 4 anos) e cães senis (acima de 7 anos), de raças variadas, com peso entre 10 e 30 kg, constituindo dois grupos experimentais: Grupo Jovem e Grupo Senil. Este estudo será dividido em quatro experimentos. No experimento 1, o principal objetivo é avaliar as características hemodinâmicas e vasculares, biometria e integridade do parênquima testicular e epididimário por meio da ultrassonografia bidimensional, Doppler espectral e Doppler colorido. No Experimento 2, o qual visa analisar a ação dos hormônios LH, estrógeno e testosterona na espermatogênese e maturação espermática, será realizada a PCR quantitativa, imunohistoquímica e Western Blot para expressão dos receptores de LH (LHR), testosterona (AR) e estrógeno (ESR1 e ESR2) no testículo, cabeça, corpo e cauda do epidídimo e Western Blot nas células espermáticas. No Experimento 3, será feita análise morfofuncional dos espermatozoides durante o trajeto epididimário, utilizando análise computadorizada da motilidade, concentração espermática, integridade de membrana plasmática e acrossomal e potencial de membrana mitocondrial por citometria de fluxo, integridade de membrana plasmática e acrossomal e integridade de DNA por esfregaços corados, atividade mitocondrial por coloração citoquímica e morfologia espermática em câmara úmida. Por fim, no experimento 4, o objetivo é avaliar o perfil proteico do fluido epididimário das regiões da cabeça, corpo e cauda dos epidídimos por meio da análise proteômica do tipo "gel-free". Acredita-se que um estudo mais aprofundado dos processos de espermatogênese e maturação epididimária na espécie canina se faz necessário, permitindo, então, elucidar as características patológicas do ejaculado de cães em idade senil.