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Impacto da expressão de marcadores do ciclo celular no carcinoma de ovário

Processo: 18/02314-6
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Data de Início da vigência: 01 de março de 2019
Data de Término da vigência: 31 de maio de 2021
Área do conhecimento:Ciências da Saúde - Medicina
Pesquisador responsável:Alexandre André Balieiro Anastácio da Costa
Beneficiário:Alexandre André Balieiro Anastácio da Costa
Instituição Sede: A C Camargo Cancer Center. Fundação Antonio Prudente (FAP). São Paulo , SP, Brasil
Pesquisadores associados:Glaucia Noeli Maroso Hajj ; Louise de Brot Andrade ; Martín Roffé ; Tiago Góss dos Santos
Assunto(s):Ciclo celular  TP53 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Carcinoma de ovário | Cíclica E1 | ciclo celular | Inibidores de ciclo celular | Tp53 | Wee1 | Oncologia / Biologia Molecular do Câncer

Resumo

O câncer de ovário é a sétima neoplasia mais frequente entre as mulheres no mundo e a oitava em mortalidade. Dentre os tumores de ovário, os carcinomas serosos de alto grau são responsáveis por 90% dos óbitos pela doença, estando apenas 1% dos casos restrito ao ovário no momento do diagnóstico. A sobrevida global em 5 anos para pacientes com estágio IIIC é de apenas 25-30% e para as pacientes com estágio IV é de 10-15%. Deste modo, encontrar novas estratégias de tratamento mais eficientes para este tipo tumoral é de extrema importância. A principal alteração molecular dessas neoplasias é a grande instabilidade genética, consequência da presença de mutações somáticas do TP53 em 97% dos casos. Outro gene que apresenta alterações frequentes no carcinoma de ovário é CCNE1, gene que codifica a proteína Ciclina E1, cuja amplificação foi observada em 15 a 20% dos pacientes. A superexpressão de Ciclina E1 é capaz de evitar os freios impostos no checkpoint G1-S do ciclo celular, o que faz com que as células entrem numa fase S em que aberrações genômicas não corregidas se acumulem. Em tumores com defeitos no checkpoint de G1-S, as células são muito dependentes do checkpoint G2-M para evitar a apoptose por catástrofe mitótica. A tirosina quinase Wee1 é um dos reguladores do checkpoint G2-M, através da fosforilação de CDK1 o que impede a formação do complexo Ciclina B-CDK1 necessário para a mitose. Um inibidor de Wee1, ADZ1775, foi recentemente desenvolvido. Baseado em que os tumores deficientes para TP53 tem defeitos no checkpoint G1-S, ADZ1775 foi utilizado em ensaios clínicos de fase II para câncer de ovário resistente à primeira linha de tratamento, observando-se uma resposta parcial. Considerando que a superexpressão de ciclina E1 pode colaborar com a ausência de p53 para evadir o checkpoint G1-S, acreditamos que pacientes que possuam estas duas alterações possam apresentar maior sensibilidade ao tratamento com ADZ1775. Assim, este projeto tem o objetivo de verificar em ensaios pré-clínicos a sensibilidade do câncer de ovário superexpressando ciclina E1 ao tratamento com AZD1775 em presença ou ausência de mutações em TP53. Adicionalmente, pretendemos avaliar a porcentagem de pacientes portadores de câncer de ovário no A.C.Camargo Cancer Center que apresentam amplificação de Ciclina E1 e mutações em p53, configurando uma subpopulação de pacientes com potencial de apresentar maiores benefícios pelo tratamento com AZD1775. (AU)

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Publicações científicas
(Referências obtidas automaticamente do Web of Science e do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores)
GONCALVES RIBEIRO, ADRIANA REGINA; SALVADORI, MARCELA MARINELI; DE BROT, LOUISE; BOVOLIN, GRAZIELE; MANTOAN, HENRIQUE; ILELIS, FELIPE; REZENDE, MARIANA; DO AMARAL, NAYRA SOARES; SANCHES, SOLANGE MORAES; LISBOA MAYA, JOYCE MARIA; et al. Retrospective analysis of the role of cyclin E1 overexpression as a predictive marker for the efficacy of bevacizumab in platinum-sensitive recurrent ovarian cancer. ECANCERMEDICALSCIENCE, v. 15, . (18/02314-6)