Mineralização de nitrogênio em solos adubados com vinhaça

Resumo

Quando se faz uso de vinhaça, as quantidades totais de N aplicadas são relevantes, mas de modo geral não se sabe quanto de N é disponibilizado nem as transformações que ela provoca no N do solo. Sabe-se apenas que há necessidade de complementação da adubação com fertilizantes industriais. Na vinhaça, o N predomina na forma orgânica e precisa ser mineralizado para ser absorvido pelas plantas. Para obter estimativas do N mineralizado a partir da aplicação de vinhaça é preciso determinar a taxa de mineralização em laboratório e no campo. Com o presente projeto pretende-se avaliar a taxa de mineralização do N em ensaio de incubação em laboratório, em solos tratados com vinhaça, e correlacionar o N potencialmente mineralizável com o N absorvido por plantas de cana-de-açúcar. Serão conduzidos dois experimentos em condições controladas, ambos combinando três solos (arenoso, areno-argiloso e argiloso) coletados na camada de 0 a 20 cm e três doses de vinhaça (0, 75 e 150 m3 ha-1). No experimento em vasos será usado esquema fatorial e delineamento inteiramente ao acaso com quatro repetições. Nos vasos serão transplantadas duas mudas pré-brotadas de cana-de-açúcar, que crescerão por 60 dias. Ao final do experimento será obtido o N absorvido pelas plantas (Nabs). O N mineralizado será avaliado aos 14; 21; 28; 35; 42; 49; 56 e 63 dias de incubação. Os dados obtidos serão ajustados à equação exponencial de cinética de primeira ordem para obter o N potencialmente mineralizável (N0) e a constante de mineralização (k), e o N0 e o N mineralizado acumulado aos 63 dias serão correlacionados ao Nabs pelas plantas de cana-de-açúcar.