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Estudo e caracterização de agentes virais emergentes selecionados e potencialmente associados a hepatopatias em cetáceos costeiros, pelágicos e de habitat misto no Brasil

Processo: 19/26794-0
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Data de Início da vigência: 01 de julho de 2020
Data de Término da vigência: 31 de dezembro de 2022
Área do conhecimento:Ciências Agrárias - Medicina Veterinária - Patologia Animal
Pesquisador responsável:Jose Luiz Catao Dias
Beneficiário:Jose Luiz Catao Dias
Instituição Sede: Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Animais selvagens  Cetacea  Adenovirus  Herpesviridae  Vírus da hepatite E  Saúde Única  Hepatopatias  Habitat  Brasil 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:adenovirus | Cetáceos | Herpesvírus | Patologia hepática | Saúde Única | Vírus da hepatite E | Patologia Comparada de Animais Selvagens

Resumo

Cetáceos são classificados como "organismos sentinelas" do meio marinho e são espécies de especial interesse em saúde pública por compartilharem ecossistemas costeiros e possuírem alimentação com base em espécies similares que humanos. Dentre as doenças que acometem os cetáceos, as hepáticas são classificadas como relevantes e relativamente comuns, sendo também relatadas em cetáceos do Brasil. Apesar disso, em diversos estudos a etiologia da maioria das lesões hepáticas observadas não foi estabelecida. Diferentes vírus têm sido descritos como agentes etiológicos de lesões hepáticas em mamíferos, entre eles os herpesvírus, adenovírus e os vírus da hepatite E (HEV) - esse último com certos genótipos considerados zoonóticos. Os três agentes mencionados já foram detectados em cetáceos, e recentemente lesões hepáticas associadas à infecção por HEV foram descritas em golfinhos. Impactos antropogênicos deletérios têm sido descritos como uma das principais causas de perda de biodiversidade e emergência de doenças. Por conta de diferenças em exposição e susceptibilidade (animais de habitats mais impactados por fatores antropogênicos, que poderiam promover quadros de imunossupressão), a ocorrência e carga viral desses agentes infecciosos pode variar entre populações costeiras (habitam águas com menos de 200 metros de profundidade), pelágicas (mais de 200 metros) e de habitat misto (costeiro/pelágico), possivelmente maior nos cetáceos residentes em áreas costeiras. Além disso, esses agentes poderiam estar associados a dano hepático em espécies de cetáceos do Brasil. O presente projeto visa (1) comparar a ocorrência e a carga viral de agentes infecciosos selecionados (herpesvírus, adenovírus e HEV) por meio de ensaios moleculares em espécies de cetáceos costeiras, mistas e pelágicas do Brasil visando avaliar indiretamente o impacto da atividade humana sobre o seu estado de saúde; (2) realizar a caracterização molecular desses agentes empregando diferentes técnicas moleculares, entre elas sequenciamento completo, a fim de estabelecer seu grau de similitude entre diferentes populações costeiras, mistas e pelágicas; e (3) determinar se os agentes selecionados estão associados a lesões hepáticas em cetáceos por meio de técnicas histopatológicas, imunohistoquímicas e hibridização-in-situ. Esses esforços se baseiam em conceitos da medicina da conservação e Saúde Única, visando garantir a conservação dessas espécies e a manutenção da saúdes humana, animal e ambiental. (AU)

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