Desenvolvimento de uma análise nano-espectroscópica (TERS, STM & n-Raman) de nanoplásticos.

Resumo

Uma enorme quantidade de lixo plástico que contamina nossas águas e ameaça a vida selvagem tornou-se um foco regular da mídia popular. Entretanto, de acordo com estimativas recentes, não sabemos responder por ~ 99% do plástico que escapa para o oceano, estuários, rios e outros corpos d'água. Uma parte significativa desse plástico ausente é considerada como resultado de produtos de degradação do plástico - os chamados nanoplásticos - que ficam abaixo dos limites de detecção dos métodos de coleta e identificação comumente disponíveis. O salto da detecção e estudo dos microplásticos para os nanoplásticos é um salto quântico tecnológico. No entanto, compreender o comportamento e as características dos nanoplásticos é fundamental para avaliar possíveis riscos à saúde (humanos e ambientais) relacionados aos nanoplásticos e tomar medidas para impedi-los de entrar no ecossistema. Atualmente, a detecção de nano e microplásticos está limitada a partículas um pouco menores que um micrometro, com peso de aproximadamente 1 picograma. Em uma publicação recente (Zhou 2021), foi demonstrada, pela primeira vez, a detecção de nanoplásticos com tamanho de 50 nm (<< 1 femtograma), porém, conforme os próprios autores, a técnica utilizada (SERS) apresenta sérias limitações, e propõe-se utilizar a técnica TERS por apresentar várias características mais adequadas. Aqui, propomos uma abordagem inovadora para investigar a presença de nanoplásticos com a técnica TERS, visando futuras investigações sobre sua formação e distribuição em ambientes aquáticos.