Efeitos da restrição proteica materna sobre a morfofisiologia do cólon da prole de ratos machos

Resumo

Estudos epidemiológicos e experimentais têm demonstrado maior índice de doenças na população adulta de indivíduos cujas mães foram submetidas à restrição proteica materna (RPM). Articulado a isso, diversos sistemas na prole são afetados pela RPM, incluindo o trato gastrointestinal (TGI), com ênfase na região do cólon, já foram descritas neste órgão alterações em receptores de permeabilidade, fatores inflamatórios e de estresse oxidativo. Assim, adversidades durante o período intrauterino e início da vida, podem aumentar o risco para doenças no TGI como síndrome do intestino irritável, e doenças inflamatórias. Portanto, este projeto tem como objetivo investigar os efeitos da RPM sobre a morfofisiologia do cólon, em ratos no dia pós-natal 21 (DPN 21), com ênfase em parâmetros do perfil inflamatório e estresse oxidativo. Para isso, serão utilizados ratos machos da linhagem Sprague Dawley submetidos à RPM, divididos em dois grupos: Ratos nascidos de mães alimentadas com dieta normoproteica (CTR, 17% de proteína) ou dieta hipoproteica (GLLP, 6%), durante a gestação e lactação. No DPN 21, os animais serão eutanasiados. Os cólons serão coletados e utilizados para realização de análises morfológicas, expressão proteica (Western blotting) e imunomarcação para atividade de enzimas antioxidantes e parâmetros inflamatórios, além do ensaio de ELISA para SOD, CAT e GSH. Os resultados esperados são um desbalanço nos níveis de enzimas antioxidantes e citocinas nos animais submetidos à RPM, podendo delimitar um contexto de, já no início da vida, maior susceptibilidade à incidência de alterações no cólon, que podem repercutir em doenças no colón destes animais ao envelhecimento. (AU)