Incêndios florestais no Brasil: avaliação da exposição química e dos riscos à saúde em brigadistas florestais no Estado do Pará

Resumo

A poluição do ar é um problema de saúde pública e incêndios florestais emitem poluentes como material particulado (MP), monóxido de carbono (CO), dióxido de nitrogênio (NO2), compostos orgânicos voláteis, HPAs e outros, os quais são responsáveis por efeitos adversos à saúde e prejuízos ambientais e econômicos. Os brigadistas florestais, formais ou informais, são expostos a riscos químicos, físicos, biológicos e organizacionais. Objetivos: avaliação da exposição ocupacional e potenciais impactos à saúde dos brigadistas florestais que atuam no combate a incêndios florestais no Pará. Métodos: Amostragem de ar na zona de respiração dos brigadistas para análises químicas de poluentes e análises de biomarcadores de exposição através de matrizes biológicas de sangue e urina. O recrutamento dos participantes ocorrerá através das brigadas formais contratadas pelo IBAMA (n=150), seguindo para brigadas voluntárias informais pela técnica bola de neve, até que seja atingido uma amostra de 500 trabalhadores (250 expostos e 250 controles). Resultados esperados: Espera-se, com este estudo, entender a composição química da fumaça proveniente de incêndios florestais, bem como os seus efeitos à saúde dos brigadistas florestais. Além disso, este estudo será um estudo piloto que poderá ser replicado em demais estados, de forma que trará dados sobre a realidade brasileira, além de contribuir com a proteção da saúde de brigadistas florestais. (AU)