Levantamento de composição e sucessão paleoflorísticas do neocarbonífero-eopermiano (Grupo Tubarão) no estado de São Paulo

Resumo

O presente projeto temático tem por escopo a revisão de dados paleobotânicos e palinológicos de ocorrências fossilíferas já conhecidas, bem como o estudo sistemático de novas localidades e materiais, provenientes de superfície e subsuperfície, do pacote permo-carbonífero da Bacia do Paraná, designado Grupo Tubarão, no estado de São Paulo. Com esse estudo visa-se: maior conhecimento da composição tafoflorística (macro e micro) de cada localidade; estabelecimento da sucessão paleoflorística; proposição de correlações bioestratigráficas; determinação de idades das associações; identificação de marcadores biocronoestratigráficos para o limite Carbonífero-Permiano; e interpretações paleoecológicas, paleogeográficas e paleoclimáticas, além da ampliação da documentação do acervo fóssil do estado de São Paulo. O projeto compreende a realização de trabalhos de campo, de laboratório, documentação gráfica, apresentação e publicação de dados e resultados em veículos de divulgação científica. Há grandes chances de se estabelecer a sequência paleoflorística neocarbonífera-neopermiana mais completa da Bacia do Paraná nesse estado, uma vez que o pacote sedimentar do Grupo Tubarão é aí melhor representado, desde o Westphaliano até o Kunguriano. Esse projeto, contando em sua equipe com pesquisadores estrangeiros com notável conhecimento dos problemas fitocronoestratigráficos do Neopaleozóico em nível mundial, facilitará comparações mais acuradas de materiais e dados brasileiros em escala global, além de permitir aos seus integrantes nacionais o aprimoramento dos conhecimentos no tema. A geração de dados paleobotânicos e palinológicos para o Grupo Tubarão é de importância fundamental nas geociências, ressaltando-se as correlações litofaciológicas em superfície e subsuperfície dessa unidade, tão visada do ponto de vista do aproveitamento de recursos minerais (e.g. carvão, petróleo e água subterrânea). Além disso, a faixa aflorante do Grupo Tubarão corresponde a uma área ocupada, no estado, por municípios densamente habitados e com elevado crescimento econômico, onde programas de planejamento do uso e ocupação do meio físico têm sido desenvolvidos. (AU)