Análise Histológica e Imuno-histoquímica dos Efeitos do Tratamento Tópico de Melatonina Associado à Esponja de Colágeno e Proteína rhBMP-2 na Remodelação Óssea

• Processo: 22/11444-6
• Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Publicações científicas - Artigo
• Data de Início da vigência: 01 de novembro de 2022
• Data de Término da vigência: 30 de abril de 2023
• Área do conhecimento: Ciências da Saúde - Medicina - Anatomia Patológica e Patologia Clínica
• Pesquisador responsável: João Paulo Mardegan Issa
• Beneficiário: João Paulo Mardegan Issa
• Instituição Sede: Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (FORP). Universidade de São Paulo (USP). Ribeirão Preto , SP, Brasil
• Vinculado ao auxílio: 19/03699-1 - Efeitos do tratamento tópico da melatonina associada à membrana osteogênica e à proteína rhBMP-2 sobre o remodelamento ósseo, AP.R
• Assunto(s): Remodelação óssea Melatonina
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Bone remodeling | Bone repair | melatonin | rhBMP-2 | Remodelação óssea

Resumo

A cicatrização extensa de defeitos ósseos é um importante problema de saúde ainda não completamente resolvido. Diferentes tratamentos alternativos têm sido propostos, mas, diante de um defeito ósseo crítico, ainda é muito difícil alcançar uma regeneração completa, com o osso neoformado apresentando todas as características morfológicas e fisiológicas de um osso normal, pré-lesão. O uso tópico de melatonina tem se mostrado um adjuvante promissor para a regeneração óssea devido aos seus efeitos positivos no metabolismo ósseo. Assim, para buscar novas técnicas biológicas seguras que promovam o reparo ósseo e favoreçam a cicatrização de defeitos, hipotetizamos que existe um efeito sinérgico do tratamento com melatonina associado ao rhBMP-2 para guiar a regeneração óssea. Este estudo teve como objetivo investigar os efeitos no reparo ósseo da administração tópica de melatonina em diferentes concentrações (1, 10 e 100 µg), associada ou não à rhBMP-2. A cicatrização de defeitos ósseos induzida por cirurgia foi avaliada qualitativamente por meio de análise histopatológica por microscopia de luz. Além disso, a estereologia quantitativa foi realizada em tecido preparado por imuno-histoquímica para identificar fatores angiogênicos, osteogênicos e osteoclastogênicos. Os dados de quantificação foram comparados entre os grupos pelo teste ANOVA/Tukey e as diferenças foram consideradas significativas quando p < 0,05. Nossos resultados mostraram que a presença do scaffold no defeito ósseo dificultou o processo de reparo ósseo, pois no grupo tratado com "coágulo + scaffold" os resultados de formação óssea e imunomarcação foram reduzidos em comparação com todos os outros grupos (tratado com melatonina sozinho ou em associação com rhBMP-2). A análise estatística revelou diferença significativa entre o grupo controle (defeito ósseo + coágulo sanguíneo) e os grupos tratados com diferentes concentrações de melatonina em associação com rhBMP-2, indicando um efeito positivo da associação para o reparo ósseo. Este tratamento é promissor, uma vez que se torna uma nova técnica alternativa segura para o tratamento clínico de fraturas, defeitos ósseos e enxertos ósseos. Nossos resultados comprovaram o uso seguro da associação de melatonina e rhBMP-2 e estabeleceram uma dose segura e eficaz para este tratamento experimental. (AU)