Uso da inteligência artificial e visão computacional para garantir a proteção da fruticultura brasileira via seguro agrícola

• Processo: 22/08213-2
• Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas - PIPE
• Data de Início da vigência: 01 de dezembro de 2022
• Data de Término da vigência: 30 de novembro de 2024
• Área do conhecimento: Interdisciplinar
• Acordo de Cooperação: SEBRAE-SP
• Pesquisador responsável: Aline Tramontini dos Santos
• Beneficiário: Aline Tramontini dos Santos
• Empresa: Agririsk Soluções em Gerenciamento de Risco Ltda
• CNAE: Tratamento de dados, provedores de serviços de aplicação e serviços de hospedagem na internet
• Pesquisadores principais: Daniel Lima Miquelluti
• Pesquisadores associados: David José Miquelluti ; Leonardo Josoé Biffi ; Rennan Andres Paloschi ; Vitor Augusto Ozaki
• Auxílio(s) vinculado(s): 22/15381-9 - Uso da inteligência Artificial e Visão Computacional para Garantir a Proteção da Fruticultura Brasileira via Seguro Agrícola, AP.PIPE
• Bolsa(s) vinculada(s): 24/08281-3 - Analista em Gestão da Tecnologia da Informação, BP.TT; 23/16698-9 - Analista em Gestão da Tecnologia da Informação, BP.TT; 23/14116-2 - Analista em Gestão da Tecnologia da Informação, BP.TT; + mais bolsas vinculadas 23/01347-6 - Uso da inteligência artificial e visão computacional para garantir a proteção da fruticultura brasileira via seguro agrícola, BP.TT; 23/01699-0 - Uso da inteligência artificial e visão computacional para garantir a proteção da fruticultura brasileira via seguro agrícola, BP.TT; 22/15661-1 - Uso da inteligência artificial e visão computacional para garantir a proteção da fruticultura brasileira via seguro agrícola, BP.PIPE - menos bolsas vinculadas
• Assunto(s): Fruticultura Seguro agrícola Perdas agrícolas Fotogrametria Gestão de riscos Inteligência artificial Visão computacional
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Fotogrametria | Fruticultura | Gestão de riscos | Inteligência Artificial | Perdas Agrícolas | Seguro agrícola | Seguro Agrícola

Resumo

Os anos de 2021 e 2022 foram caracterizados por severas intempéries climáticas que reduziram drasticamente a produção agrícola brasileira, prejudicando milhões de produtores, principalmente pequenos e médios. A ocorrência de secas e também de geadas, reduziram o valor da produção em bilhões de reais, sendo que apenas a laranja registrou uma perda de aproximadamente R$ 1 bilhão na safra 2021/2022, enquanto que no estado do Rio Grande do Sul a redução na produção de uva foi de R$ 840 milhões. Apesar da relativa importância do agronegócio no PIB, existem diversos riscos que dificultam a estabilidade de renda do setor, principalmente para os pequenos e médios produtores rurais. De acordo com o relatório do Banco Mundial e Embrapa, denominado "Gestão de Riscos Agropecuários no Brasil: Caminhos para uma Visão Integrada", lançado em 2015, dentre uma multiplicidade de riscos enfrentados pelo setor, aquele que apresenta maior criticidade é a seca. O problema é que a grande maioria dos produtores não têm acesso ao seguro agrícola. Cerca de 4,9 milhões de produtores rurais, cerca de 98% do total, estão completamente desprotegidos. Os principais motivos são: i) forte assimetria de informação causada pela carência de dados de risco das propriedades rurais; ii) produtos não aderentes às reais necessidades dos produtores; iii) alto custo do seguro, mesmo após o subsídio do Governo; e, iv) atuação e abrangência territorial limitadas das companhias seguradoras, em razão da falta de dados; e, por fim, v) a baixa incorporação de novas tecnologias e a elevada burocracia em toda a cadeia do seguro. Em maior ou menor grau, todos os problemas estão relacionados à falta de dados e processos e procedimentos analógicos. Dentre os programas governamentais de gestão de riscos, o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) é o mais importante, na medida em que volumes orçamentários cada vez maiores são alocados para aumentar a demanda do seguro rural entre os produtores rurais. Em 2019, o orçamento foi de R$ 380 milhões. Em 2020, o orçamento foi de R$ 1 bilhão e R$ 1,3 bilhão, em 2021. Apesar de ganhar importância cada vez maior no Governo, o seguro agrícola ainda esbarra em fortes entraves. Um dos principais é a falta de padronização e ineficiência operacional do processo de regulação de sinistros. Atualmente, para as culturas consideradas neste projeto, o procedimento é altamente subjetivo e sujeito à fraudes. Somente no ano de 2018 o mercado segurador estimou em 20% o percentual de vistorias mal feitas e/ou fraudadas. Essas são fontes recorrentes de reclamação por parte dos produtores rurais. Além disso, o mercado tem dificuldade de acesso aos dados georreferenciados das propriedades, desconhecimento das datas de plantio e colheita praticados nestas áreas, confirmação do cultivo na área e baixo uso de monitoramento remoto (imagens de satélite e informações climáticas). A solução proposta neste projeto visa superar os desafios científicos, tecnológicos, operacionais e comerciais, ao combinar os resultados obtidos nos outros projetos conduzidos pela equipe proponente levando soluções disruptivas para toda a cadeia de valor do seguro rural e estendendo o escopo de atuação às culturas de LARANJA, MAÇÃ, PÊSSEGO, TOMATE E UVA, que em conjunto responderam à um valor de produção de aproximadamente R$ 22,7 bilhões em 2020 de acordo com dados do IBGE. No entanto, apenas R$ 2,3 bilhões foram cobertos pelo seguro agrícola, ou seja, aproximadamente 10 % do total. A nova metodologia de regulação será integrada à uma plataforma para realizar a cotação, a contratação, o monitoramento das áreas seguradas e a gestão dos sinistros por meio dos dados gerados pelos algoritmos e a inteligência desenvolvida neste projeto. Na plataforma, os produtores rurais encontrarão produtos muito mais aderentes às suas necessidades a um preço relativamente menor. (AU)