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Origem e diversificação de tarântulas neotropicais: filogenômica e biogeografia de Theraphosinae (Araneae, Theraphosidae)

Resumo

As tarântulas da subfamília Theraphosinae constituem o mais diverso grupo de Mygalomorphae, que também inclui as aranhas construtoras de teia de lençol e as aranhas de alçapão. Theraphosinae, endêmica do Neotrópico, é composta por aranhas que variam desde pequenos animais até as maiores aranhas já registradas, e são caracterizadas principalmente por possuírem cerdas urticantes abdominais utilizadas para defesa. A morfologia dessas cerdas, juntamente com caracteres morfológicos tradicionais, tem sido usada para inferir filogenias, resultando na divisão dos gêneros em diferentes grupos. A proposta mais recente, com base em dados moleculares e com amostragem limitada a alguns gêneros, propõem a divisão da subfamília em três tribos: (1) Theraphosini; (2) Grammostolini e (3) Hapalopini. Essas tribos parecem estar congruentes em regiões geográficas ditintas: Grammostolini limitado ao sul da América do Sul; Hapalopini estende-se pelo América do Sul, Amazônia e Andes, com limite norte da distribuição na América Central; Theraphosini estendendo-se desde a América do Sul, passando pela América Central e Caribe a atingindo o sul dos Estados Unidos. A baixa amostragem, especialmente referente à rica fauna brasileira e o uso de apenas um marcador molecular, demonstram a necessidade de aumento no número de terminais nas análises e a exploração de dados filogenômicos (UCEs), em busca de resolução para ramos profundos na evolução das Theraphosinae. O primeiro objetivo desta proposta é uma análise filogenômica de Theraphosinae, buscando aumentar a amostragem genérica, principalmente aqueles com ocorrência no território nacional. Além disso, a disponibilidade de diversos representantes de Theraphosinae que temos devidamente armazenados em coleção de tecido, permitirá investições acerca da diversificação recente em ambientes florestais (Mata Atlântica e Amazônia) e abertos (Cerrado, Caatinga e Pampa), com o uso de múltiplos marcadores moleculares (sequenciamento Sanger) e com foco em gêneros que apresentam espécies em mais de uma fitofisionomia. Ao final do desenvolvimento da proposta, esperamos obter um cenário consistente de intra-relacionamentos de Theraphosinae, o que permitirá a investigação das mudanças na paisagem que tenham influenciado a origem e evolução dessas aranhas na região Neotropical. Além disso, os gêneros foco para estudos de diversificação recente nas paisagens do sudeste brasileiro contribuirão para o conhecimento da biogeografia no Brasil. (AU)

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