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A força das mulheres romanas por meio das moedas e uma crítica feminista do passado para o presente

Processo: 23/15790-9
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Publicações científicas - Livros no Brasil
Data de Início da vigência: 01 de maio de 2024
Data de Término da vigência: 30 de abril de 2025
Área do conhecimento:Ciências Humanas - Arqueologia
Pesquisador responsável:Tais Pagoto Bélo
Beneficiário:Tais Pagoto Bélo
Instituição Sede: Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Moedas  Arqueologia clássica 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:a posição da mulher romana | moedas | Mulheres da Antiguidade | Patriarcalismo | Poder feminino | Público e Privado | Arqueologia Clássica

Resumo

Esta obra visa expor a imagem pública de mulheres romanas como Fúlvia, Otávia, Lívia, Agripina Maior e Agripina Menor, compreendendo o final da República e o início do Império (84 a.C. - 59 d.C.), por meio de exemplares de moedas e de fontes escritas que exemplificam as vidas delas. O objetivo é ilustrar como essas mulheres melhoraram suas imagens publicamente por meio de afazeres ligados à família imperial, ao Patronato, à religião e à propaganda imperial.As fontes escritas deram visões de valores e mostraram as relações sociais, os princípios de propriedade, os direitos individuais e os seus deveres na sociedade romana. Tais fontes também confirmaram que as mulheres romanas desse tempo estavam inseridas em uma hierarquia de poder marcada por vangloriar um governo masculino. Nas fontes escritas, elas foram descritas em ambientes familiares, mas com exceções e malquistas, formando uma oposição entre o universo público e o privado. As fontes materiais, as moedas com os retratos dessas mulheres, compuseram uma formidável ferramenta de trabalho, uma vez que justificaram posições e consolidaram poderes dentro de um contexto aristocrático de competição. Como um monumento móvel, tais objetos promoveram uma audiência abrangente, mesmo longe da elite. Demonstraram que as mulheres da elite conseguiram uma proeminência "aparente", construindo uma vida social que as levou à certa abertura política, o que contribuiu para que fossem autoras importantes da história de Roma. As mudanças femininas dessa época podem ter garantido uma alteração social em todas as categorias, principalmente nas construções culturais e atuações políticas. Esse fato fez com que a sociedade romana se moldasse a um emaranhado de circunstâncias, em que as divisões do masculino e do feminino se entrelaçaram, demonstrando uma complexidade social e de gênero. Contudo, o intuito deste trabalho foi explicar, através da análise iconográfica, o que esses objetos queriam comunicar politicamente e de forma identitária. Dito isso, foi questionado sobre o poder e o lugar de atuação do feminino, uma vez que o "habitus sexuado" poderia ter marcado os valores entre os gêneros. Tanto a cultura material quanto as fontes escritas analisadas juntas foram essenciais para comprovar essa problemática, uma vez que a literatura explicitou bem as relações de gênero dos imperadores e suas mulheres. A cultura material, ao demonstrar o poder masculino, acabou por evidenciar também o poder feminino. Dessa forma, a importância maior desta obra é realizar um convite à reflexão da percepção da realidade presente, mediante uma abordagem analítica das condições aperfeiçoadas dos Estudos das Mulheres da Antiguidade. Consiste, assim, em um desígnio capaz de gerir consciência e coerência dos fatores atuais femininos em contraposição à existência de uma variedade e semelhança sobre a mulher do passado. (AU)

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