A Máquina do Terror - a luta das pessoas atingidas pelo desastre da Samarco em Mariana

• Processo: 24/03859-7
• Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Publicações científicas - Livros no Brasil
• Data de Início da vigência: 01 de junho de 2024
• Data de Término da vigência: 31 de maio de 2025
• Área do conhecimento: Ciências Humanas - Antropologia - Antropologia Rural
• Pesquisador responsável: Jorge Luiz Mattar Villela
• Beneficiário: Jorge Luiz Mattar Villela
• Instituição Sede: Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH). Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). São Carlos , SP, Brasil
• Assunto(s): Desastres Memória Mineração Reparação Antropologia política
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Antropologia | desastre | memória | mineracao | Reparação | Antropologia Política

Resumo

Este livro descreve uma luta desigual. De um lado, as pessoas atingidas pelo rompimento da barragem de Fundão, que consiste no maior desastre socioambiental da história do Brasil. Do outro, a Samarco, proprietária da barragem, e suas acionistas Vale e BHP Billiton, que estão entre as maiores mineradoras do planeta, causadoras de grandes transformações que caracterizam o Antropoceno. Trata-se de uma etnografia com a comunidade de Paracatu de Baixo, em Mariana, Minas Gerais, a segunda a ser destruída pela lama de rejeitos de minério de ferro, deslocada compulsoriamente de seu território devastado. Mesmo passada a fase emergencial do desastre, as pessoas atingidas não recuperaram seu modo de viver, submetidas à burocracia técnica e jurídica da reparação dos crimes cometidos pelas empresas. O objetivo deste livro é mostrar como a comunidade foi capturada por aparatos técnicos em função da restauração, indenização e compensação socioeconômica e socioambiental. Por meio de pesquisa de campo e análise documental, a perspectiva das pessoas atingidas revela que há uma ruptura no tempo entre antes e depois do desastre, que se manifesta continuamente. Para resistir às violações de direitos, as(os) atingidas(os) recorrem à memória na retomada do modo de vida da comunidade. (AU)