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A desinformação com estratégia de poder e mobilização virtual

Processo: 24/04203-8
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Data de Início da vigência: 01 de novembro de 2024
Data de Término da vigência: 31 de outubro de 2026
Área do conhecimento:Ciências Sociais Aplicadas - Comunicação
Pesquisador responsável:Carla Montuori Fernandes
Beneficiário:Carla Montuori Fernandes
Instituição Sede: Vice-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação. Universidade Paulista (UNIP). São Paulo , SP, Brasil
Pesquisadores associados: Lara Karoline Souza de Aquino ; Luiz Ademir de Oliveira ; Marina Alvarenga Botelho ; Vinícius Borges Gomes
Assunto(s):Desinformação  Poder  Mídias sociais  Cultura midiática 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Comunicação | Desinformação | Mobilização digital | Poder | Redes Sociais on-line | Cultura midiática

Resumo

O projeto tem por objetivo analisar o uso da desinformação como estratégia de conquista e manutenção de poder. O poder pode ser amplamente definido como a capacidade de influenciar ou controlar as ações e pensamentos de indivíduos ou grupos. Em Arendt (1985), o poder está relacionado ao número, à opinião da maioria; já a violência, ao contrário, depende apenas da posse e uso dos instrumentos. Para a autora (1985), a extrema forma do poder resume-se em todos contra um, e a extrema forma de violência é um contra todos. Nesse contexto, a desinformação articulada como ferramenta estratégica para atores que buscam consolidar ou expandir seu poder pode servir para desacreditar oponentes, fomentar a desconfiança nas instituições, incitar divisões sociais e até mesmo criar realidades alternativas que favoreçam seus objetivos.O estudo parte de um olhar conjuntural sobre o impacto da comunicação digital na política brasileira no período histórico recente e reconhece o recrudescimento da extrema-direita nos últimos anos, especialmente a partir da liderança do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O recorte da pesquisa tem início na ocasião dos ataques ao patrimônio público em Brasília, em 8 de janeiro de 2023, evento, que atingiu ampla evidência midiática e faz parte de uma série de acontecimentos, os quais revelaram uma ebulição do próprio sistema político e um desafio ao funcionamento institucional do País. Respaldadas por fake news, que apontavam fraudes nas urnas eletrônicas, tentativas de golpes foram mobilizadas nas redes bolsonaristas, que partiram para a escalada de radicalização após a derrota de Bolsonaro nas urnas em 30 de outubro de 2022. A pesquisa pretende mapear os padrões enunciativos ativados pelo bolsonarismo, a partir da disseminação de conteúdos falsos, que descredilizam as instituições democráticas, pautados no discurso de ódio e em ataques à esquerda e ao comunismo, personificado na figura do petismo e do presidente Lula. A linha teórica buscará contribuir com a reflexão sobre desinformação e sua lógica de funcionamento, na mobilização e na disseminação de narrativas, que enaltecem o bolsonarismo, e tem como alvo as instituições democráticas e o novo governo, por meio do estudo das plataformas digitais, especialmente o Facebook e X/Twitter, durante os dois primeiros anos do mandato presidencial de Lula, de 8 de janeiro até 31 de dezembro de 2024. A análise qualitativa será realizada pela Análise de Conteúdo Categorial e Análise Crítica do Discurso (Fairclough, 2001), visando entender as práticas discursivas e ideológicas das redes bolsonaristas. (AU)

Matéria(s) publicada(s) na Agência FAPESP sobre o auxílio:
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