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Caracterização de um mecanismo de comunicação celular em amebas do gênero Acanthamoeba como resposta à infecção pelo vírus gigante Tupanvírus

Processo: 24/19249-3
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Data de Início da vigência: 01 de abril de 2025
Data de Término da vigência: 31 de março de 2028
Área do conhecimento:Ciências Biológicas - Microbiologia - Biologia e Fisiologia dos Microorganismos
Pesquisador responsável:Paulo Victor de Miranda Boratto
Beneficiário:Paulo Victor de Miranda Boratto
Instituição Sede: Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM). Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (Brasil). Campinas , SP, Brasil
Assunto(s):Virologia  Vírus gigantes  Amoeba  Acanthamoeba  Comunicação celular  Mecanismos de defesa  Encistamento de parasitas 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Acanthamoeba | comunicação celular | Encistamento | Mecanismo de defesa celular | Tupanvirus | Vírus Gigantes | Virologia

Resumo

As amebas estão entre os eucariotos mais antigos do nosso planeta, sendo dotadas de estratégias únicas de sobrevivência em resposta a condições adversas, como grandes variações de temperatura, ausência de nutrientes e infecções por parasitas. Estudos com eucariotos primitivos podem fornecer novas perspectivas para entendimento das origens evolutivas de estratégias de defesa em células eucarióticas. As amebas do gênero Acanthamoeba são ubíquas e desempenham importantes funções ecológicas, a exemplo do controle das populações microbianas e de reciclagem da matéria orgânica presente no solo, além de participarem também na etiologia de encefalites e ceratites em seres humanos. De maneira importante, amebas do gênero Acanthamoeba podem ser infectadas e manter uma complexa interação com vírus gigantes. Em estudos anteriores, caracterizamos uma estratégia de defesa em que amebas artificialmente induzidas ao encistamento eram refratárias à infecção por vírus gigantes. No entanto, caso fossem infectadas antes desse estímulo, os vírus revertiam o fenótipo de resistência, levando à produção massiva de suas partículas. O aspecto cronológico da relação entre ambos os organismos nos leva a imaginar a existência de um mecanismo de comunicação celular entre essas amebas, sendo capaz de fornecer uma vantagem temporal na montagem de uma resposta de escape contra o ataque por vírus gigantes. Desse modo, buscaremos nesse trabalho identificar e caracterizar mecanismos de comunicação celular entre amebas do gênero Acanthamoeba em resposta à infecção por tupanvírus (TPV). Para isso, faremos inicialmente o tratamento de culturas de ameba com o meio condicionado de células previamente infectadas por TPV. Essas amostras serão utilizadas em diferentes ensaios biológicos, ensaios de expressão de genes envolvidos no encistamento, observação da morfologia celular por microscopia eletrônica de transmissão, além de análises de metabolômica e transcriptômica. Esperamos identificar novos mecanismos de defesa em eucariotos, com implicações diretas no entendimento de infecções virais e proposição de estratégias para tratamento de doenças infecciosas. Considerando o papel ecológico das Acanthamoeba, esperamos agregar novos conhecimentos em torno da biologia e da importância ecológica das relações entre as amebas e vírus gigantes. (AU)

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