SIMBA - Serviço análise de spillover, vigilância, monitoramento e do potencial zoonótico do vírus Influenza A em aves, morcegos e outros mamíferos

• Processo: 24/10801-5
• Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Jovens Pesquisadores
• Data de Início da vigência: 01 de julho de 2025
• Data de Término da vigência: 30 de junho de 2030
• Área do conhecimento: Ciências Biológicas - Microbiologia
• Pesquisador responsável: Angélica Cristine Góes de Almeida Campos
• Beneficiário: Angélica Cristine Góes de Almeida Campos
• Instituição Sede: Institut Pasteur de São Paulo (IPSP). São Paulo , SP, Brasil
• Pesquisadores associados: Felipe Fornazari ; Jan Felix Drexler
• Assunto(s): Mamíferos
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: animais de criação | Aves migratórias | Bat flu | Influenza virus | Mamíferos | Surveillance | Virologia, Saúde Única

Resumo

Vários vírus têm preocupado a nossa sociedade nas últimas décadas devido ao seu potencial para surgir repentina e silenciosamente, originando-se da transmissão de vírus entre animais selvagens, animais domesticados e humanos e impactando significativamente as populações humanas. O vírus influenza é responsável por um enorme número de casos de doenças infecciosas humanas em todo o mundo e foi o agente etiológico da pandemia mais significativa do século XX. Atualmente, os casos do vírus da gripe aviária de alta patogenicidade H5 (HPAIV) em aves (pinguins e pelicanos) e mamíferos aquáticos como leões marinhos e golfinhos aumentaram a preocupação relativamente a uma nova pandemia de gripe, levando à intensificação da vigilância do vírus da gripe uma vez que o evento panzoótico atual (2020-2023) tem sido considerado o maior e mais importante que as ondas anteriores de H5 (HPAIV). Nosso objetivo é analisar em profundidade o potencial risco zoonótico associado aos vírus influenza mantidos por mamíferos e aves de distintos países americanos, com especial foco em morcegos. Nos últimos dois anos, o número de casos de HPAIV H5Nx em aves selvagens e mamíferos aquáticos aumentou, o que levantou preocupações sobre a possibilidade de uma nova pandemia. As aves migratórias são reconhecidas como o reservatório natural dos vírus da gripe A, e as rotas migratórias aumentam o risco de propagação do vírus por todo o mundo, enquanto os morcegos são descritos como mamíferos antigos, relatados pela primeira vez há 50 milhões de anos, e altamente diversificados, representando quase ¼ de todas as espécies de mamíferos com mais de 1.400 espécies. Este projeto é o primeiro passo para a implementação de uma nova linha de pesquisa no Instituto Pasteur de São Paulo (IP-SP), contribuindo para o avanço do conhecimento sobre potencial emergente do vírus influenza e sua epidemiologia em distintos hospedeiros animais além de abrir novas perspectivas para compreender a transmissão e padrões de evolução dos subtipos do vírus Influenza A. As amostras do nosso estudo serão coletadas no Brasil e em outros países, em colaboração com parceiros na Guiana Francesa e no México. Os principais testes laboratoriais serão realizados no Instituto Pasteur de São Paulo, porém nossos parceiros na Alemanha, Hong Kong, Guiana, Suíça e México estão abertos para receber alunos para transferência de tecnologia e tempo de prática de novas técnicas laboratoriais. (AU)