Busca avançada
Ano de início
Entree

Filogenômica da subtribo Glycininae com foco na sistemática de Calopogonium (Leguminosae, Papilionoideae, Phaseoleae)

Processo: 25/07644-8
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Data de Início da vigência: 01 de junho de 2025
Data de Término da vigência: 31 de maio de 2028
Área do conhecimento:Ciências Biológicas - Botânica - Taxonomia Vegetal
Pesquisador responsável:Ana Paula Fortuna Perez
Beneficiário:Ana Paula Fortuna Perez
Instituição Sede: Instituto de Biociências (IBB). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Botucatu. Botucatu , SP, Brasil
Pesquisadores associados:Annelise Frazão Nunes ; Gildean Macedo do Nascimento ; Gwilym Peter Lewis ; Juliana Santos Silva ; Mohammad Vatanparast ; Rafaela Jorge Trad ; Tânia Maria de Moura ; Vidal de Freitas Mansano
Assunto(s):Fabaceae  Filogenia  Morfologia vegetal 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:fabaceae | Filogenia | Legume Phylogeny Working Group (LPWG) | morfologia vegetal | Sistemática Vegetal | taxonomia vegetal | Sistemática Vegetal

Resumo

A família Leguminosae Juss. é a terceira mais diversa entre as Angiospermas, compreendendo cerca de 800 gêneros e 22 mil espécies com distribuição cosmopolita. Atualmente, é dividida em seis subfamílias: Caesalpinoideae (incluindo o antigo clado Mimosoideae), Cercidoideae, Detarioideae, Dialioideae, Duparquetioideae e Papilionoideae. Esta última é a mais diversa, com mais de 500 gêneros e aproximadamente 14 mil espécies, destacando-se por sua ampla variação morfológica, especialmente na arquitetura floral, e por seu alto valor econômico - com representantes importantes como soja (Glycine max), feijão (Phaseolus spp., Vigna spp.), ervilha (Pisum sativum) e outros membros da tribo Phaseoleae. A subtribo Glycininae, embora faça parte de uma tribo reconhecidamente não monofilética, é considerada monofilética em estudos baseados em dados moleculares, como os de Lee & Hymowitz de 2001. Ela inclui gêneros como Calopogonium e Pachyrhizus, anteriormente agrupados em Diocleinae, agora tribo Diocleae. Ainda assim, a delimitação entre os gêneros da subtribo permanece problemática devido à sobreposição de caracteres morfológicos, o que torna difícil distinguir membros de Glycininae de outros grupos, como Diocleae. Morfologicamente, Glycininae é caracterizada por folhas trifolioladas, inflorescências pouco nodosas e sementes lisas, mas estudos recentes apontam para uma ampla variação floral e vegetativa. A subtribo abrange aproximadamente 20 gêneros com distribuição pantropical, especialmente no Velho Mundo. Estudos genéticos também revelam instabilidade genômica em espécies como as de Pueraria, sugerindo eventos recentes de duplicação ou triplicação genômica, como apontado por Huang e colaboradores em 2024.O gênero Calopogonium inclui trepadeiras e subarbustos com oito espécies reconhecidas de distribuição pantropical, sendo quatro registradas no Brasil: C. caeruleum, C. galactioides, C. mucunoides e C. velutinum. Na América do Sul, há uma espécie adicional (C. racemosum, da Venezuela). Destas, C. mucunoides possui a maior distribuição, ocorrendo amplamente no território brasileiro e em diversos países sul-americanos.A última revisão taxonômica de Calopogonium data de 1982 feita por Carvalho-Okano, quando foram reconhecidas quatro espécies brasileiras. Contudo, diversos táxons então sinonimizados apresentam morfologias diagnósticas que podem justificar sua revalidação. A complexidade morfológica e a escassez de estudos filogenéticos mais amplos com amostragem representativa tornam urgente uma nova revisão do gênero, bem como uma análise filogenômica mais abrangente da subtribo Glycininae. Calopogonium já foi considerado parte de Diocleinae, por compartilhar caracteres como simetria foliar e nodosidade nos pedúnculos florais. No entanto, estudos morfológicos e moleculares indicaram maior afinidade com Glycininae, especialmente com Pachyrhizus, reforçando a proposta de Lee & Hymowitz, de 2001, de realocação desses gêneros para essa subtribo. Estudos mais recentes, como o de Kates e colaboradores de 2024, revelaram que Calopogonium é polifilético. Por exemplo, C. galactioides e C. lanceolatum mostraram-se próximas de Glycine e Teramnus, enquanto C. caeruleum foi agrupada com Pachyrhizus e Pueraria s.l., indicando que as relações filogenéticas dentro da subtribo ainda estão pouco esclarecidas. Dessa forma, o presente estudo propõe uma revisão taxonômica do gênero Calopogonium, aliada a uma abordagem filogenômica da subtribo Glycininae, com o objetivo de elucidar a delimitação entre os táxons e esclarecer suas relações evolutivas, contribuindo para um melhor entendimento da diversidade e sistemática deste importante grupo de leguminosas. (AU)

Matéria(s) publicada(s) na Agência FAPESP sobre o auxílio:
Mais itensMenos itens
Matéria(s) publicada(s) em Outras Mídias ( ):
Mais itensMenos itens
VEICULO: TITULO (DATA)
VEICULO: TITULO (DATA)