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Amblyostatina-1, a primeira cistatina salivar com propriedades imunomoduladoras e anti-inflamatórias do hospedeiro do carrapato neotropical Amblyomma sculptum, vetor da febre maculosa brasileira

Processo: 25/12381-6
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Publicações científicas - Artigo
Data de Início da vigência: 01 de setembro de 2025
Data de Término da vigência: 28 de fevereiro de 2026
Área do conhecimento:Ciências Biológicas - Imunologia - Imunologia Aplicada
Pesquisador responsável:Anderson de Sá Nunes
Beneficiário:Anderson de Sá Nunes
Instituição Sede: Instituto de Ciências Biomédicas (ICB). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Amblyomma sculptum  Imunomodulação  Inflamação 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Amblyomma sculptum | Amblyostatina-1 | Imunomodulação | Inflamação | Interação Carrapato-Hospedeiro | Saliva de carrapato | Imunobiologia de Vetores

Resumo

O carrapato neotropical Amblyomma sculptum é o principal vetor de Rickettsia rickettsii, o agente causador da febre maculosa brasileira, uma doença associada a altas taxas de mortalidade. A saliva do carrapato, uma mistura complexa de moléculas bioativas essenciais para um repasto sanguíneo bem-sucedido, facilita a transmissão do patógeno e modula as respostas imunológicas do hospedeiro. Uma avaliação abrangente do banco de dados do transcriptoma das glândulas salivares revela que os inibidores de proteases são moléculas altamente expressas durante a alimentação. Assim, este estudo tem como objetivo descrever e caracterizar o membro mais expresso da família de cistatinas, identificado no transcriptoma salivar de Amblyomma sculptum, denominado Amblyostatina-1. Com base em sua sequência e na estrutura tridimensional prevista, Amblyostatina-1 é classificada como uma cistatina da subfamília I25B. A sua forma recombinante inibe de forma seletiva as catepsinas L, C e S em diferentes porcentagens, apresentando um valor de Ki de baixa nanomolaridade de 0,697 ± 0,22 nM contra a catepsina L. Quanto às suas atividades biológicas, a Amblyostatina-1 recombinante afeta parcialmente a diferenciação de células dendríticas induzidas por LPS, reduzindo os níveis das moléculas de custo-estímulo CD80 e CD86 em concentrações mais altas (3 uM), ao mesmo tempo em que promove a produção de IL-10 em concentrações nanomolares (100 nM). A aparente ausência de respostas de anticorpos específicos a Amblyostatina-1 em camundongos imunizados sugere uma alteração no processamento e apresentação de antígenos in vivo. Além disso, em um modelo de inflamação induzida por carragenina, Amblyostatina-1 reduziu a formação de edema e o infiltrado de neutrófilos na pele, sem afetar outras células mieloides. Essas descobertas estabelecem Amblyostatina-1 como uma nova cistatina salivar com propriedades imunomoduladoras e anti-inflamatórias, apresentando potencial como agente imunobiológico. (AU)

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