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Inovações tecnológicas nos transportes e os efeitos no trabalho

Processo: 96/03448-5
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Data de Início da vigência: 01 de agosto de 1996
Data de Término da vigência: 31 de julho de 1998
Área do conhecimento:Ciências Humanas - Sociologia - Outras Sociologias Específicas
Pesquisador responsável:Alice Fushako Itani
Beneficiário:Alice Fushako Itani
Instituição Sede: Instituto de Geociências e Ciências Exatas (IGCE). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio Claro. Rio Claro , SP, Brasil
Assunto(s):Inovações tecnológicas  Setor terciário  Transportes  Tecnologia da informação 

Resumo

O presente projeto tem por finalidade analisar os efeitos no trabalho produzidas com as inovações tecnológicas centradas sobre o setor dos serviços de transportes. Muito embora o transporte seja um setor importante na economia e que os serviços de transportes tenham passado por grandes transformações, nas últimas décadas, decorrentes da introdução de sistemas avançados, em termos de equipamentos e sistemas de processamento da informação, que aumentaram a velocidade e a capacidade de transportar maior quantidade de passageiros, possibilitando a redução do tempo de deslocamento, pouco se sabe sobre essas mudanças. Os estudos sobre os efeitos das tecnologias encerraram suas questões sobre a redução dos postos e conseqüente emprego, a desqualificação e mudança no processo de trabalho. É também verificável que os novos sistemas tecnológicos nos serviços de transportes traduziram-se por queda na quantidade de pessoal e mudança no saber produtivo. No entanto, os novos sistemas nos transportes tem se apoiado nas novas tecnologias da informação implicando num aumento da velocidade, que parece ter um impacto sobre o trabalho do operador em seu quotidiano. Pouco se sabe, contudo, sobre esses efeitos e como se processa essa experiência. De um lado, o operador parece estar frente a sistemas com maior potencialidade de riscos. No caso dos serviços de transportes, constituído por deslocamento de passageiros, essa segurança depende notamente do trabalho do operador. De outro lado, o operador precisa driblar as situações de incertezas, que próprio do funcionamento de sistemas automatizados. Ainda, depara-se com uma nova topologia de um trabalho cujos atos operatórios não possuem visibilidade. Por conseguinte, sua profissionalidade precisa ser reconstruída sobre novas bases. E o mais complexo, os problemas nas condições dadas para a realização do trabalho que nem sempre são facilmente notáveis nos locais de trabalho ou mesmo mensuráveis, mesmo se elas se materializam em efeitos nocivos à saúde. Uma metodologia específica de análise deve ser utilizada recorrendo a um 'olhar' sobre o trabalho e o 'viver' quotidiano. O conceito de modo operatório, por exemplo, é elaborado para compreender o novo gestual operatório que não é dado no espaço de trabalho, mas elaborado e construído num sistema representacional, articulado dentro de códigos e signos e nas condições existentes de trabalho. O estudo toma partido sobre o trabalho realizado pelo operador e sua experiência com os novos sistemas. Dado essa análise privilegiada, o trabalho de campo é fundamental recorrendo a formas de investigação direta e indireta, utilizando-se de um período de observação de longa duração e de entrevistas qualitativas. O estudo está previsto para ser realizado durante quatro semestres, com uma parte de pesquisa de campo, prevista para o período entre julho de 1996 e junho de 1997, e com um período de análise entre julho de 1997 e junho de 1988. (AU)

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