Atividade biologica da s-metil-cisteina e da gama-glutamil-smetil cisteina do feijao (phaseolus vulgaris).

• Processo: 96/09845-6
• Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Regular
• Data de Início da vigência: 01 de janeiro de 1997
• Data de Término da vigência: 31 de dezembro de 1997
• Área do conhecimento: Ciências da Saúde - Farmácia - Bromatologia
• Pesquisador responsável: Ursula Maria Lanfer Marquez
• Beneficiário: Ursula Maria Lanfer Marquez
• Instituição Sede: Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Assunto(s): Feijão Valor nutritivo
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Efeito Toxico | Feijao | Gama-Glutamil S-Metil Cisteina | Smetil-Cisteina | Valor Nutricional

Resumo

Na fração nitrogenada não protéica do feijão existem aminoácidos sulfurados como a S-metilcisteína e a metionina, predominantemente presentes sob a forma de dipeptídeos com o ácido glutâmico, originando os γ-glutamil peptídeos. Estes peptídeos sulfurados estão distribuídos principalmente nas famílias Leguminosae e Alliaceae, embora a sua função no vegetal não esteja ainda bem esclarecida. Podem estar envolvidos no armazenamento de compostos de N e S. Sugeriu-se que sua função pudesse estar relacionada com o transporte de aminoácidos através da membrana celular e/ou com defesa do vegetal contra o ataque de predadores, agindo como antimetabólitos de aminoácidos protéicos . Na família Alliaceae, atuam como precursores de aromas. Em feijões, a S-metil-cisteína está presente em quantidades bastante significativas no feijão, (~0,7g/100 g proteína) correspondente a aproximadamente 0,5 :1 em relação à metionina. A γ-glutamil-metionina embora presente, se encontra em quantidade insignificante. (Reis Giada et al., enviado para publicação) O efeito destes compostos após a ingestão também é fonte de especulação na literatura. A S-metil-cisteína e a metionina diferem, com relação à estrutura, somente por um átomo de carbono na cadeia lateral. Em relação à cisteína, a diferença se dá pela ausência do grupo metil ligado ao átomo de enxofre. Devido a estas semelhanças, a S-metil-cisteína poderia desempenhar algumas das funções bioquímicas destes aminoácidos. No caso da metionina, a de doador de grupos metila, devido à presença do grupo metiltio (S-CH3), e da cisteína, pelo aproveitamento de esqueleto carbônico e do átomo de enxofre, mas a literatura especializada carece de informações relativas à utilização biológica deste peptídeo. Em trabalho da década de 1980 os pesquisadores não observaram nenhuma alteração no valor biológico de proteínas suplementadas com S-metil-cisteína; outro grupo de pesquisa relata significativa redução no crescimento de animais de laboratório. Estes resultados apontam para um possível efeito tóxico deste aminoácido. Este projeto se destina a esclarecer o real efeito biológico da S-metil-cisteína, bem como do peptídeo γ-glutamil-S-metil-cisteína, presente em feijões e outras leguminosas comestíveis e avaliar a sua importância sob ponto de vista nutricional e/ou toxicológico. (AU)