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Tratamento da falha óssea diafisária pós-infecção

Processo: 05/02885-3
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Data de Início da vigência: 01 de janeiro de 2006
Data de Término da vigência: 30 de junho de 2007
Área do conhecimento:Ciências da Saúde - Medicina
Pesquisador responsável:Cleber Antonio Jansen Paccola
Beneficiário:Cleber Antonio Jansen Paccola
Instituição Sede: Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP). Universidade de São Paulo (USP). Ribeirão Preto , SP, Brasil
Assunto(s):Clínica médica  Ortopedia  Regeneração óssea  Osteomielite  Periósteo 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Osteomielite | Periosteo | Regeneracao Ossea | Ortopedia e Traumatologia

Resumo

A infecção óssea pós-traumática não raramente resulta em um grande defeito ósseo. As soluções mais utilizadas neste caso são: transporte ósseo através da técnica de Ilizarov, enxerto ósseo autólogo nos defeitos menores ou enxerto ósseo vascularizado. Apesar do periósteo remanescente ser altamente osteogenico, a regeneração espontânea deste segmento perdido alem de demorada, freqüentemente termina com um grande estreitamento na sua região central, levando a pseudoartrose. O polimetilmetacrilato(PMMA) associado a antibiótico é um método bem estabelecido no tratamento das infecções ósseas, pois leva a uma liberação local gradativa do fármaco em grandes concentrações, com baixos níveis séricos, diminuindo as complicações. Diminuição do espaço morto pós-desbridamento e a criação de uma barreira contra a invasão por tecido fibroso são outras vantagens atribuídas a este método. O estudo proposto visa avaliar se após a remoção do osso desvitalizado e infectado, a falha poderia ser preenchida com um espaçador de PMMA + antibiótico, que funcionaria como um suporte para o periósteo, permitindo a este realizar a regeneração do segmento de uma forma mais organizada. Este "molde" seria mantido até que se desse o início do processo de corticalização do regenerado, quando seria retirado deixando uma cavidade de paredes firmes, que não cedesse a retração cicatricial. Neste estudo experimental, prospectivo e randomizado serão utilizados trinta coelhos da raça Nova Zelândia divididos em três grupos de dez animais: Grupo 1: Falha óssea infectada tratada com espaçador de PMMA + antibiótico.Grupo 2: Falha osteoperiosteal infectada tratada com espaçador de PMMA + antibiótico. Grupo 3: Falha óssea infectada sem preenchimento(Grupo Controle). Através de uma abordagem direta a ulna do animal um segmento ósseo de 15mm será demarcado com cortes de serra e ressecado após liberação de todos os tecidos a este aderido. O periósteo será preservado ou ressecado de acordo com o grupo ao qual pertence o animal. O canal medular do segmento será contaminado inoculando-se uma solução contendo 1x10(9) unidades formadoras de colônia de Stafilococus aureus com sensibilidade conhecida. O segmento será então recolocado no local e os tecidos suturados, ficando o animal em observação pelo período de duas semanas para desenvolver uma osteomielite experimentalmente induzida. Ao final deste período a ferida será novamente abordada para desbridamento dos tecidos desvitalizados, criando a falha óssea infectada. Em seguida os animais receberão tratamento de acordo com o grupo para o qual foram randomicamente distribuídos. Nos animais onde a falha for mantida sem preenchimento(Grupo 3) a sutura da ferida será feita evitando a constrição dos tecidos. Nos demais animais (Grupo 1 e 2) logo após o desbridamento será feita a colocação do espaçador de PMMA, confeccionado misturando-se 20g de polimetilmetacrilado a 0,48g de sulfato de gentamicina em pó, sendo a mistura colocada em um molde de teflon para ganhar a forma do espaçador. Após a polimerização do cimento o espaçador será colocado na ferida e os tecidos suturados sobre este. Todos os animais farão uso de gentamicina 6mg/Kg/dia em dose única intramuscular pelo período de 3 semanas, iniciada ao final do procedimento cirúrgico. Para os animais dos grupos 1 e 2 após três semanas de uso do espaçador um novo procedimento cirúrgico será realizado para a retirada deste através de um acesso restrito, evitando danos ao processo de regeneração. Os animais serão acompanhados por um período de 8 semanas, iniciado após o desbridamento da osteomielite, com avaliação radiográfica mensal para acompanhar o processo de regeneração. Ao final das 8 semanas os animais serão mortos para a realização do estudo histológico e ensaio biomecânico dos espécimes, permitindo a avaliação dos resultados. (AU)

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