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Estudo dos padrões de expressão do colágeno tipo V durante a progressão da fibrose hepática em pacientes com atresia de vias biliares

Processo: 09/15549-2
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Data de Início da vigência: 01 de março de 2010
Data de Término da vigência: 31 de agosto de 2012
Área do conhecimento:Ciências da Saúde - Medicina - Cirurgia
Pesquisador responsável:Uenis Tannuri
Beneficiário:Uenis Tannuri
Instituição Sede: Faculdade de Medicina (FM). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Cirurgia pediátrica  Hepatopatias  Atresia biliar  Fibrose hepática  Cirrose hepática  Citocinas  Matriz extracelular  Colágeno tipo V 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Atresia de vias biliares | cirurgia de Kasai | colágeno tipo V | fibrose hepática | prognóstico | Transplante Hépatico | Cirurgia Pediátrica

Resumo

Atresia de vias biliares (AVB) é uma hepatopatia colestática específica da criança, com etiologia e fisiopatologia não completamente estabelecidas. Sua evolução para fibrose hepática precoce e progressiva, a despeito da realização de uma derivação bileodigestiva efetiva, é responsável por posicioná-la como principal indicação de transplante hepático pediátrico. O conhecimento dos mecanismos de perpetuação da fibrogênese é fundamental para estabelecer tratamentos efetivos nas hepatopatias crônicas. Durante a progressão da fibrose hepática ocorrem interações entre os elementos celulares (miofibroblastos, infiltrado inflamatório), as citocinas envolvidas em sua ativação e modulação (principalmente TGF beta) e os próprios componentes da matriz extracelular (diferentes tipos de colágenos, moléculas de adesão e quimiotaxia). Estudos recentes abordando a importância da matriz extracelular na promoção e perpetuação de processos inflamatórios crônicos com desencadeamento de fibrose tecidual demonstraram a importância da participação do colágeno tipo V como estruturador da fibrogênese e como autoantígeno nesses modelos. O presente projeto pretende estudar o papel do colágeno tipo V na patogênese da fibrose hepática em pacientes com AVB submetidos a derivação bileodigestiva pela técnica de Kasai, estabelecer o padrão evolutivo de deposição de colágeno tipo V nas fases inicial e avançada da doença, correlacionar a deposição de colágeno tipo V com a fibrose hepática total, com a deposição de outros colágenos fibrilares (tipos I) e não-fibrilares (tipo IV) relevantes no fígado, com a expressão tecidual da citocina pró-fibrótica TGF beta e com os resultados clínicos pós-operatórios.Pacientes com diagnóstico definitivo de AVB que tenham sido submetidos a biópsias hepáticas, tratamento cirúrgico (Kasai e transplante hepático) e seguimento regular no Serviço de Cirurgia Pediátrica do ICr-HCFMUSP nos últimos 20 anos serão classificados em função de sua evolução clínica pós-operatória (sucesso da derivação bileodigestiva e rapidez da evolução da disfunção hepática e transplante). Para a análise histopatológica será utilizada parte do material obtido em biópsias realizadas previamente em três momentos evolutivos: na investigação diagnóstica inicial, na cirurgia de Kasai e no transplante hepático. Serão selecionadas para grupo-controle biópsias em lactentes com histologia hepática normal (correspondente à margem livre em ressecções de tumores hepáticos). O projeto foi aprovado pela Comissão de Ética em Pesquisa do HCFMUSP e serão obtidos consentimentos informados para utilização do material armazenado.Para marcação da distribuição tecidual e quantificação dos colágenos tipo V, tipo IV e tipo I será utilizado método de imunofluorescência indireta com anticorpos tipo-específicos, conforme previamente padronizado. Para quantificação da área total de fibrose hepática será realizada técnica de coloração com picrossírius. Os parâmetros quantitativos serão obtidos pelo método de morfometria digital, utilizando digitalização fotográfica das imagens de microscopia e análise computacional com cálculo da porcentagem de área marcada especificamente em relação à área total delimitada. Para marcação da expressão tecidual de TGF beta será utilizado método imuno-histoquímico e análise quantitativa pela técnica do point-counting. Dados anatomopatológicos descritivos a respeito da distribuição compartimental dos colágenos tipo V, IV e I nos pacientes com AVB serão referidos em relação ao grupo-controle (padrão histológico normal) e em relação às fases evolutivas da fibrose hepática segundo classificação semiquantitativa. Os dados quantitativos serão expressos como médias e desvios-padrão das frações de área calculadas para cada marcador colágeno e como média e desvio-padrão da densidade de expressão do TGF, permitindo correlacionar os marcadores entre si, com a evolução temporal da fibrose hepática e com a evolução clínica pós-derivação biliar. (AU)

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