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Estudo experimental dos efeitos da termotolerância celular no processo cicatricial das lesões por radiofrequência no miocárdio de ratos

Processo: 08/07650-2
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Data de Início da vigência: 01 de março de 2009
Data de Término da vigência: 28 de fevereiro de 2011
Área do conhecimento:Ciências da Saúde - Medicina - Clínica Médica
Pesquisador responsável:Guilherme Drummond Fenelon Costa
Beneficiário:Guilherme Drummond Fenelon Costa
Instituição Sede: Escola Paulista de Medicina (EPM). Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Campus São Paulo. São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Arritmias cardíacas  Bloqueio atrioventricular  Proteínas de choque térmico  Cardiologia 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Ablação por radiofrequência | Arritmias cardíacas | bloqueio atrioventricular | proteínas de choque térmico | Termotolerância celular | Cardiologia

Resumo

Fundamento: A ablação por cateter com energia de radiofreqüência (RF) se tornou o tratamento de escolha para muitas arritmias supraventriculares e ventriculares. Entretanto, efeitos tardios deletérios, como bloqueio atrioventricular, têm sido relatados após o procedimento. As razões para a ocorrência desses fenômenos ainda são obscuras, mas parecem estar relacionadas à extensão da lesão além da área de necrose coagulativa aguda, seja por progressão do processo inflamatório ou dano ultraestrutural.Várias estratégias terapêuticas podem ser postuladas visando prevenir a extensão tardia da lesão por RF, entre elas a modulação da reação inflamatória na periferia da lesão com corticoesteróides (tema da tese de doutoramento do postulante). Dado o caráter térmico da lesão por RF, outra abordagem, ainda não explorada, seria aumentar a resistência celular a elevações de temperatura, ou seja, através da indução da termotolerância.Objetivo: Avaliar os efeitos da indução da termotolerância celular na formação aguda e na cicatrização das lesões por RF no miocárdio ventricular de ratos.Métodos: 40 ratos Wistar, adultos, anestesiados, serão submetidos a choque térmico por imersão em banho-maria para que sua temperatura interna (termômetro retal) se mantenha durante 15 minutos em 420C ± 0,5°C. Finda essa etapa, o procedimento será interrompido, o termômetro retirado e os animais serão albergados. Setenta e duas horas após o choque térmico, os ratos serão anestesiados, entubados, minitoracotomia será realizada e o coração exposto. O coração será suspenso por aparato especial e um cateter (10F) de ablação com ponta de 2 mm será posicionado perpendicularmente à superfície anterior do ventrículo esquerdo. Aplicações (1 por animal) de RF controladas por potência (12 Watts; 5 segundos) serão feitas utilizando gerador de RF convencional. Após o procedimento, o tórax será fechado e os animais recuperados e albergados até o sacrifício. Animais submetidos ao choque térmico (n = 20) serão comparados com controles (n = 20), que serão submetidos ao mesmo protocolo de ablação, porém sem ter recebido choque térmico (banho-maria a 36°C). Os 40 ratos serão subdivididos em quatro grupos iguais (n=10), dois agudos e dois crônicos. Os dois grupos agudos (choque térmico e controle) serão sacrificados 6 horas após a ablação e os dois grupos crônicos (choque térmico e controle) após 30 dias de seguimento. Após o sacrifício, o coração será extraído para análise histológica qualitativa e quantitativa (planimetria) das lesões. Nos grupos agudos, o miocárdio será analisado bioquimicamente quanto às proteínas de choque térmico (HSP70).Essas investigações são inéditas e podem gerar conhecimentos importantes acerca da fisiopatologia das lesões por RF, além de expandir o entendimento sobre os mecanismos de defesa celular contra insultos agudos. As informações geradas por este estudo podem servir de alicerce para a utilização clínica de intervenções farmacológicas destinadas a modular a extensão tardia das lesões por RF, o que, em última análise, poderia reduzir a incidência dos efeitos tardios deletérios da ablação por RF. (AU)

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