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A relação da africanização com os índices de infestação pelo ácaro Varroa jacobsoni nas populações de abelhas africanizadas e europeias na zona de transição (paralelos 30º - 35º sul)

Resumo

O presente trabalho visa relacionar a variação do índice de infestação e reprodução do ácaro Varroa (que mede ação da varroatose) com a dinâmica do processo de africanização em populações de abelhas coletadas entre os paralelos 30° e 35° Sul (onde estão o sul do Rio Grande do Sul, Uruguai e parte da Argentina). Entre esses paralelos formou-se uma zona de transição, onde os grupos raciais de abelhas estão distribuídos de tal maneira que há uma faixa de abelhas completamente africanizadas, uma faixa com abelhas africanizadas e europeias e uma terceira faixa com abelhas apresentando apenas genes europeus. Serão analisados apiários em que não é feito controle químico. Também serão consideradas colmeias tratadas com acaricidas de dois apiários por região. A caracterização genética das populações de abelhas será feita por análise da variabilidade isoenzimática (Mdh e Hk), análise de sítios de restrição, amplificação de sequências específicas de DNA (PCR) e morfometria. Com essa comparação pretendemos: 1) avaliar se o processo evolutivo, que ocorreu nas regiões tropicais e subtropicais, pode atualmente estar ocorrendo em regiões temperadas; 2) avaliar a influência do processo de africanização na resistência da abelha Apis mellifera ao ácaro Varroa jacobsoni; 3) analisar se as características de resistência das abelhas africanizadas estão sendo introduzidas nas populações de abelhas europeias nessa região de transição e prover informações quanto à sobrevivência das europeias sem o uso de acaricidas; 4) avaliar a dinâmica da infestação em abelhas com DNAs mitocondrial e nuclear de origens diferentes (um de origem africanizada e outro de origem europeia); 5) analisar a influência da varroatose na africanização, comparando abelhas tratadas com não tratadas com acaricidas; 6) avaliar a influência da varroatose na dispersão da abelha africanizada (ao matar europeias, o ácaro libera nichos ecológicos); 7) obter dados para um controle mais efetivo da praga, reduzindo ao mínimo ou mesmo dispensando a necessidade do uso de controles químicos; 8) determinar, após quatro anos seguidos de coleta, se está ocorrendo um processo de adaptação na zona de transição e como esse processo varia conforme a região climática e o tipo de abelha em cada região. (AU)

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