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Dos sindicatos ao governo: a organização nacional do PT de 1980 a 2005.

Processo: 09/13743-6
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Publicações científicas - Livros
Data de Início da vigência: 01 de dezembro de 2009
Data de Término da vigência: 31 de outubro de 2010
Área do conhecimento:Ciências Humanas - Ciência Política - Comportamento Político
Pesquisador responsável:Fernando Antônio Farias de Azevedo
Beneficiário:Fernando Antônio Farias de Azevedo
Instituição Sede: Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH). Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). São Carlos , SP, Brasil
Assunto(s):Ideologia  Eleições (processo político)  Organização partidária 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Comportamento político | Eleições | ideologia | Organização Partidária | Partido | partidos e eleições

Resumo

Dos sindicatos ao governo: a organização nacional do PT de 1980 a 2005Saudado como a principal inovação do quadro partidário surgido a partir de 1980, o Partido dos Trabalhadores já foi estudado sob os mais diversos ângulos, a partir das mais diferentes perspectivas teóricas - é, sem dúvida, o partido brasileiro que mais atenção recebeu dos pesquisadores. Embora a organização do PT tenha sido, de longe, a mais estudada dentre as estruturas dos partidos do atual regime, somente duas pesquisas de fôlego se debruçaram efetivamente sobre sua organização nacional: os trabalhos pioneiros de Rachel Meneguello e Margaret Keck, publicados nos anos oitenta. A maioria das análises com enfoque organizativo se limita a analisar seções locais ou regionais do partido, relegando a segundo plano considerações acerca de sua estrutura nacional. Este livro procura ajudar a sanar tal lacuna, principalmente por meio da apresentação e análise de dados inéditos sobre a organização petista. O livro é uma versão aprimorada e condensada de tese de doutorado em Ciência Política defendida em agosto de 2008 na UFSCar - Programa de Pós-Graduação em Ciência Política. Trata-se de um estudo original e certamente polêmico sobre a organização nacional do Partido dos Trabalhadores, com caráter crítico e altamente empírico, trabalhando com uma grande quantidade de dados. O objetivo da pesquisa foi testar a validade de um determinado modelo teórico (o de "partido cartel", elaborado por Katz e Mair) para compreender as transformações da estrutura nacional do PT entre 1980 e 2005. Mais importante, no entanto, que o teste do modelo, foi a tentativa de construir um quadro geral da evolução organizativa do partido no período, com foco nas mudanças institucionais promovidas por seus líderes, destacando motivações, estratégias e conflitos envolvidos nessas alterações. Duas dimensões de análise foram mobilizadas: a funcional e a organizativa. Na dimensão funcional constatou-se que, ao longo de um quarto de século, a organização petista estabeleceu laços cada vez mais sólidos com o Estado, ao mesmo tempo em que se afastava da sociedade civil. Os vínculos estatais passaram a ser centrais para a sobrevivência organizativa. A progressiva inserção estatal do partido alterou as relações internas de poder. Na dimensão organizativa, verificou-se a emergência de uma "face pública" (mandatários eleitos) cada vez mais forte e autônoma, capaz inclusive de dominar a direção partidária. Por outro lado, estratégias da Articulação/Campo Majoritário desconstruíram a democracia intrapartidária, reforçando o papel da direção nacional, que ganhou em autonomia vis-à-vis à base partidária. Causa e efeito dessa situação, a lei de ferro de Michels mostrou-se válida: o PT não escapou à tendência de oligarquização de sua direção. Se "face pública" e direção partidária ganharam nesse novo equilíbrio interno de forças, houve apenas um perdedor: a base de filiados do PT. A versão a ser publicada incorpora as sugestões e críticas dos componentes da banca de defesa da tese: Professores Rachel Meneguello (Unicamp), Leôncio Martins Rodrigues (Unicamp/USP), Maria do Socorro Braga (UFSCar) e Eduardo Garutti Noronha (UFSCar). Orientada pelo Professor Fernando Azevedo (UFSCar), com a co-orientação do Professor Manuel Alcántara Sáez (Universidade de Salamanca), a pesquisa foi financiada com recursos do CNPq, que concedeu a bolsa no Brasil, e da CAPES, que custeou o doutorado-sanduíche na Espanha.Palavras-chave: Partido dos Trabalhadores. Partidos políticos. Organização partidária. Brasil - eleições. (AU)

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