Tabelas numéricas na matemática da antiga Mesopotâmia: um novo estudo geral, um apanhado historiográfico e a edição de três tabletes inéditos do Museu do Louvre

• Processo: 12/19909-6
• Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Regular
• Data de Início da vigência: 01 de abril de 2013
• Data de Término da vigência: 31 de março de 2015
• Área do conhecimento: Ciências Humanas - História - História das Ciências
• Pesquisador responsável: Carlos Henrique Barbosa Gonçalves
• Beneficiário: Carlos Henrique Barbosa Gonçalves
• Instituição Sede: Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Assunto(s): Mesopotâmia História da matemática
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Antiga Mesopotâmia | assiriologia | Cultura Escribal | Período Paleo-Babilônico | Tabelas Numéricas | Tabletes Cuneiformes | História do Conhecimento na Antiga Mesopotâmia

Resumo

Este projeto filia-se tanto à História das Ciências, enfocando especificamente as práticas matemáticas, como à Assiriologia, isto é, ao estudo da Mesopotâmia Antiga. Nossos objetos de pesquisa são as chamadas tabelas numéricas mesopotâmicas, tabletes de argila inscritos no sistema cuneiforme que apresentam, em forma tabular, resultados de operações aritméticas que deveriam ser aprendidos de memória. Trata-se de textos produzidos, majoritariamente, em ambiente de educação escribal no período paleo-babilônico (c.2000-1600 A.E.C). Nossa intenção é fazer um novo estudo geral do tema, através de um levantamento dos exemplares desse gênero conhecidos até o momento, relacionando-os quando possível com outros gêneros de textos matemáticos e mapeando suas variações regionais, temporais e sociais. Um segundo objetivo, derivado do exame que faremos da literatura em que foram publicados esses artefatos, tendo início há aproximadamente cem anos, é entender quais as mudanças de perspectiva que a historiografia sofreu no estudo das tabelas numéricas. Nosso projeto, além disso, possui como objetivo editar três tabletes que ainda permanecem inéditos do acervo do Museu do Louvre. Por fim, a investigação a ser conduzida e o exame dos tabletes a editar têm o objetivo de aprofundar e ampliar nossa formação na área. Os três primeiros objetivos se relacionam, uma vez que a edição de novos tabletes só pode fazer sentido se entendida à luz dos estudos realizados até o momento sobre o tema. O terceiro objetivo, altamente valorizado no meio assiriológico, tem o potencial de dar boa visibilidade ao projeto. O quarto objetivo, decorrente dos três primeiros, é sintônico com nossas preocupações com a consolidação da pesquisa assiriológica no Brasil e, em nosso caso particular, com sua relação com a história do conhecimento na Antiguidade médio-oriental. (AU)