Estudo da vitalidade do tecido pulpar por espectroscopia e imagens fotônicas

• Processo: 12/50593-5
• Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Regular
• Data de Início da vigência: 01 de junho de 2013
• Data de Término da vigência: 31 de maio de 2015
• Área do conhecimento: Engenharias - Engenharia Biomédica - Bioengenharia
• Acordo de Cooperação: CNPq - Programa Primeiros Projetos
• Pesquisador responsável: Emery Cleiton Cabral Correia Lins
• Beneficiário: Emery Cleiton Cabral Correia Lins
• Instituição Sede: Centro de Engenharia, Modelagem e Ciências Sociais Aplicadas (CECS). Universidade Federal do ABC (UFABC). Ministério da Educação (Brasil). Santo André , SP, Brasil
• Assunto(s): Técnicas e procedimentos diagnósticos Transiluminação Tecido pulpar Espectroscopia Imagem óptica
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Diagnostico Optico | Espectroscopia Nir | Imagens Espectrais | Tecido Pulpar | Transiluminacao Dental

Resumo

No dia-a-dia da clínica odontológica a verificação da vitalidade do tecido pulpar é uma evidência significativa sobre um dano nervoso permanente no dente, e propicia ao clínico maior poder de decisão sobre um tratamento adequado. O protocolo de diagnóstico da vitalidade da polpa envolve a análise histórica da dor local do paciente e a realização de testes de sensibilidade e de fluxo sanguíneo. Infelizmente o resultado de tais testes ou depende da interpretação subjetiva do paciente ao reconhecer um estímulo sensorial ou depende do posicionamento da ponta de prova do equipamento na superfície do dente, o que incrementa o número de falsos diagnósticos clínicos; nesta situação um diagnóstico objetivo por imagens seria recomendado como técnica auxiliar aos clínicos. A transiluminação dental tem sido usada com sucesso na detecção de cáries iniciais e se baseia no princípio de formar imagens das estruturas internas do dente a partir de radiação infravermelha transmitida através dos seus tecidos, porém até hoje não há resultados publicados do seu uso em diagnósticos da saúde pulpar. A proposta deste projeto é realizar experimentos de ciência básica e aplicada, onde a transiluminação dental será estudada como ferramenta de diagnóstico óptico da saúde pulpar. O sucesso deste estudo evidencia uma nova técnica de diagnóstico óptico para a descriminação da saúde pulpar. Para obter tal resultado duas perguntas precisam ser respondidas: se há viabilidade em formar imagens das câmaras pulpares e dos canais radiculares dos dentes humanos com radiações no infravermelho próximo e se as propriedades ópticas dos tecidos pulpares na região do infravermelho próximo são discriminatórias dos tecidos sadios e dos tecidos necrosados. A primeira pergunta será respondida com um experimento de espectroscopia óptica do infravermelho próximo em fatias delgadas de dentes humanos para revelar as limitações na formação das imagens induzidas pelas propriedades e espessura dos tecidos dentais. Esse experimento mostra em que condições de iluminação e detecção a quantidade de fótons balísticos que atravessam a fatia delgada será significativa para a formação de imagens, uma vez que os tecidos dentais são fortes espalhadores de radiação. Para responder a segunda pergunta será realizado um experimento de espectroscopia e de formação de imagens espectrais no infravermelho próximo em dentes humanos íntegros e com tecido pulpar intacto, para caracterizar o status da saúde pulpar e confrontar o resultado com testes clínicos. Neste experimento os espécimes serão inicialmente posicionados para formação de imagens espectrais da câmara pulpar e dos canais radiculares; em seguida o tecido pulpar será removido do espécime para realizar a espectroscopia de absorção do tecido pulpar seguido pela histologia do mesmo. Aqui a histologia será usada como padrão-ouro para comprovação do status pulpar. (AU)