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Jornalismo em trânsito: o diálogo social solidário no espaço urbano

Processo: 15/12281-0
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Publicações científicas - Livros no Brasil
Data de Início da vigência: 01 de outubro de 2015
Data de Término da vigência: 30 de setembro de 2016
Área do conhecimento:Ciências Sociais Aplicadas - Comunicação - Jornalismo e Editoração
Pesquisador responsável:Mara Ferreira Rovida
Beneficiário:Mara Ferreira Rovida
Instituição Sede: Faculdades Integradas Rio Branco (FIRB). Fundação de Rotarianos de São Paulo (FRSP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Etnografia  Jornalismo  Mediação  Diálogo  Narrativa  Reportagem  Trânsito  Publicações de divulgação científica  Produção científica  Livros 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Dialogia Social | etnografia urbana | Mediação | Narrativa urbana | Reportagem de trânsito | Solidariedade orgânica | Jornalismo

Resumo

A intensificação das especializações profissionais tem marcado as relações sociais na contemporaneidade. Ao mesmo tempo que os indivíduos se detêm em atividades cada vez mais específicas, há um aumento da interdependência entre os grupos especializados. Tal situação evidencia a necessidade de espaços de diálogo e de mecanismos eficientes de comunicação. Nesse sentido, coloca-se em debate o papel do jornalismo e do próprio jornalista como agente de mediação social. Discute-se como as diversidades podem ser mantidas em diálogo neste cenário contemporâneo e de que forma a comunicação jornalística interfere nesse processo. A hipótese aqui trabalhada indica ter o jornalismo uma relação com aspectos que vão ao encontro do que o sociólogo francês Émile Durkheim chamava de solidariedade orgânica. De acordo com o autor, a sociedade ocidental capitalista é marcada por processos de divisão social que têm ligação com sua forma de produção, sendo a base deste processo a divisão do trabalho. Mas, de alguma forma, os grupos e indivíduos permanecem em convivência, apesar de suas diferenças cada vez mais acentuadas. Assim, observa-se que as especializações profissionais se intensificam e, na mesma proporção, a interdependência entre os coletivos se amplia. Permeando esse debate, tem-se a expectativa de compreender o que manteria os grupos correlacionados (em diálogo), em uma sociedade que parece impor uma crescente necessidade de especialização profissional, o que torna as diferenças ainda mais marcantes. Durkheim sugere que isto seja possibilitado pela solidariedade orgânica, forma pela qual os indivíduos se identificam com seus grupos sociais e passam a se reconhecer por aquilo que os assemelha entre si e, ao mesmo tempo, os diferencia dos demais indivíduos da sociedade. Essa base de reconhecimento 'acontece' no âmbito do grupo social, mas também entre os diferentes grupos. A solidariedade orgânica só se estabelece, então, em sua plenitude quando o indivíduo além de se sentir vinculado a seu grupo social, também se reconhece como partícipe de algo ainda maior, a própria sociedade. A hipótese é a de que a comunicação jornalística poderia ser considerada um espaço de diálogo social onde a solidariedade orgânica é evidenciada e, em alguma medida, é ampliada pelo jornalista, autor dessa mediação. Para testar tal hipótese, uma pesquisa empírica, nos moldes da etnografia urbana, foi realizada tendo como cenário de observação as relações sociais mediadas pelo jornalismo no espaço do trânsito da Região Metropolitana de São Paulo. A ênfase foi dada à cobertura do trânsito, elaborada pela equipe de repórteres de rua da Rádio Sulamérica Trânsito (FM 92.1), e seus impactos nas relações entre os ouvintes da emissora e um ator social identificado como representante de um grupo profissional específico, o caminhoneiro. (AU)

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