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Ativismo digital e imagem: estratégias de engajamento e mobilização em rede

Processo: 16/00714-1
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Publicações científicas - Livros no Brasil
Data de Início da vigência: 01 de junho de 2016
Data de Término da vigência: 31 de maio de 2017
Área do conhecimento:Linguística, Letras e Artes - Artes - Artes do Vídeo
Pesquisador responsável:Tarcisio Torres Silva
Beneficiário:Tarcisio Torres Silva
Instituição Sede: Faculdade de Publicidade e Propaganda. Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-CAMP). Campinas , SP, Brasil
Assunto(s):Estética (arte)  Imagem (artes)  Biopolítica  Ativismo  Comunicação  Internet  Livros  Publicações de divulgação científica 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:ativismo | Biopolítica | Comunicação móvel | estética | Imagem | Internet | Imagem e comunicação

Resumo

Este trabalho procurou investigar a utilização da imagem em manifestações ativistas contemporâneas com ampla repercussão mundial, considerando o impacto das novas tecnologias de comunicação sobre tais práticas, assim como sua relação com as mídias tradicionais. A ênfase dada ao campo da imagem é uma tentativa de propor novas perspectivas de análise a um ambiente de significação em transformação. Em sua composição, nota-se uma produção crescente de cunho amador, além de seu caráter híbrido que agrega ações físicas e virtuais, assim como a propagação em redes de comunicação horizontais e verticais. Para que o objetivo proposto fosse atingido, abordou-se inicialmente o potencial estético-político das imagens mecânicas e eletrônicas com o intuito de localizar elementos existentes em tecnologias de mídia anteriores ao digital que contribuíssem para a argumentação inicial. Em seguida, foi apresentado o campo da biopolítica, com ênfase nos trabalhos de Foucault, além de conceitos essenciais para as análises que se seguiriam, tais como "multidão" (Hardt e Negri) e "trabalho imaterial" (Lazzarato e Negri). Após esta localização teórica, foram propostos dois blocos analíticos. Em ambos, optou-se por observar movimentos que surgiram ao longo do desenvolvimento deste trabalho. No primeiro, destaca-se a Revolução Verde no Irã e a Primavera Árabe no Norte da África e Oriente Médio. Neste momento em especial, foi evidenciado o poder de afecção das imagens dessas manifestações, assim como sua participação na "partilha do sensível", conceito proposto por Jacques Rancière. No segundo bloco, enfatizou-se a ação da ativista egípcia Aliaa Magda Elmahdy e dos grupos feministas Femen e Pussy Riot. Além disso, foi proposta nesta etapa a atualização do conceito de biopolítica por meio das ideias de Nikolas Rose e Giorgio Agamben. Em ambos os momentos de análise, foi observado que o corpo aparece como um elemento central para a compreensão das imagens selecionadas, pois ele é a chave para que sejam entendidas as forças biopolíticas que agem sobre a sociedade contemporânea. Como conclusão, observou-se que as imagens ativistas, de cunho amador e que circulam pelas redes de comunicação digital propõem um novo olhar para a produção político-visual contemporânea em função das particularidades por elas apresentadas. Além disso, tais imagens denunciam um campo paradoxal em que ao mesmo tempo se observa a tentativa de transgressão e uma incômoda simbiose com os sistemas estabelecidos de controle da vida. (AU)

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