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A criação do enquadre no Acompanhamento Terapêutico e suas repercussões na transferência com o paciente psicótico.

Processo: 09/06426-4
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Mestrado
Data de Início da vigência: 01 de março de 2010
Data de Término da vigência: 31 de outubro de 2011
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Psicologia - Tratamento e Prevenção Psicológica
Pesquisador responsável:Manoel Tosta Berlinck
Beneficiário:Cristiana Kehdi Gerab
Instituição Sede: Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PRPG). Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Setting   Transferência   Psicologia clínica   Psicanálise   Transtornos psicóticos
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:At | Psicanálise | psicose | setting | Transferencia | Psicologia Clínica

Resumo

Esta pesquisa surge de indagações ocorridas a partir de uma experiência clinica em acompanhamento terapêutico e de um desejo de aprofundar questões já trabalhadas teoricamente em trabalho de conclusão de curso. Trata de levantar hipóteses sobre a questão da transferência na psicose e de sua articulação com o setting (enquadre) no AT, partindo de um estudo em relação ao método clínico empregado pela psicanálise para delimitar um método que norteie a pratica do AT. Com relação à transferência, propõe-se percorrer o caminho de Freud até se chegar ao limite com o qual se deparou: o da impossibilidade de transferência quando se trata de pacientes psicóticos. Psicanalistas como Ferenczi e pós-freudianos como Fédida, Searles, Zygouris trazem uma nova concepção do tratamento das psicoses, transpassando os limites estabelecidos por Freud e criando uma nova maneira de conceber a transferência nestes casos. Desta forma, o presente trabalho pretende articular a noção de transferência para os respectivos autores com a noção de setting na situação particular de acompanhamento terapêutico. Setting é aqui entendido como o conjunto de normas e condutas que funcionam como invariantes na situação analítica. Leva-se em conta que é necessário aprofundar-se na definição do setting na clínica do acompanhamento terapêutico, já que esta clínica se caracteriza, prioritariamente, pelo movimento e pelo ato. Para isto, propõe-se que se faça um levantamento bibliográfico sobre a técnica da psicanálise. Rever a técnica nos abre questionamentos em relação à posição que o terapeuta ocupa frente ao paciente na transferência, a como se estabelece um setting próprio ao trabalho terapêutico, às interdições que funcionem para tornar possível que uma relação interpessoal seja uma relação analítica. Tomando o acompanhamento terapêutico como clinica vista a partir de um lugar da Psicanálise, propõe-se questionar: desdobram-se na clínica do AT vínculos não transferenciais? (pressupondo-se que a transferência seja pensada como a reatualização de uma experiência já vivida em outro tempo) O não-transferencial, proposto por Zygouris (2003) sob o nome de vínculo, será aqui abordado, em parte, como a contratransferência. Supõe-se aqui, com base em vivências clínicas e no estudo de autores que abordam o tema, que as experiências afetivas que o paciente causa no terapeuta podem ser tidas como sua técnica, e no caso da psicose, as experienciais contratransferenciais do acompanhante na cena do AT podem viabilizar uma comunicação dele com os aspectos mais fragmentados do paciente e podem ser tidas como fonte confiável de dados que ele terá do funcionamento psíquico de seu paciente. Daí pode-se utilizar desta potência para tratar, articulá-la ao chamado "setting em movimento" e criar um método clínico que norteie a prática do acompanhamento terapêutico.

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