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O atual e o virtual em Bergson e Deleuze

Processo: 10/50103-2
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de maio de 2010
Data de Término da vigência: 20 de outubro de 2010
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Filosofia - História da Filosofia
Pesquisador responsável:Silene Torres Marques
Beneficiário:Fernando Meireles Monegalha Henriques
Instituição Sede: Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH). Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). São Carlos , SP, Brasil
Assunto(s):Filosofia contemporânea   Gilles Deleuze   Ontologia (filosofia)
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Atual | Bergson | Deleuze | Duracao | Ontologia | Virtual

Resumo

A análise da consciência de tempo levou a filosofia contemporânea a repensar a relação entre o atual e o virtual. Se Descarte partia de um cogito atual e instantâneo, Bergson, desde o Essai, teve de se defrontar com a evidência de que nossa consciência imediata é sempre atravessada pelo trabalho de um passado que se obstina em não desaparecer, e que nunca deixa de ser parte fundante de nossos estados de consciência atuais, embora ele mesmo não seja algo de atual. Mas se esse passado não é atual, qual é seu modo de ser? Urgia retomar o conceito de potência ativa ou virtus, tão difamado na Modernidade, mas sem os excessos que caracterizaram seu uso na Idade Média. O virtual será então pensado por Bergson como o modo de ser próprio do passado; deste modo, a dinâmica entre o passado e o presente será pensada como uma relação entre o que é atual (presente) e o que é virtual (passado). E uma grande reviravolta filosófica então se processa: ao invés de conceder uma primazia ontológica ao presente, como fez grande parte da tradição, Bergson a concederá antes ao passado - o presente será pensado como a atualização em graus da totalidade de nosso passado virtual. O filósofo francês não tardará a tirar disso as conseqüências metafísicas as mais extremas: será no processo de atualização, em diversos graus, deste passado virtual que consistirá a constituição interna do próprio real. Deleuze, por seu lado, retomará e fará um amplo uso da concepção bergsoniana da relação entre o presente atual e o passado virtual, extraindo da dinâmica entre eles tanto uma teoria genética da individuação quanto a idéia de um plano de imanência que integra por sua vez tanto a matéria do ser quanto o pensamento numa relação de graus de diferenciação do virtual. (AU)

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