Sociedade por ações e desmedida: a propriedade acionária como forma de manifestação da autonegação do capital

• Processo: 10/04820-4
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado
• Data de Início da vigência: 01 de agosto de 2010
• Data de Término da vigência: 30 de abril de 2012
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - História
• Pesquisador responsável: Jorge Luís da Silva Grespan
• Beneficiário: Bruno Höfig
• Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Assunto(s): Capital (economia) Colecionismo Riqueza
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Acumulação | Capital | Crise | Desmedida | Marx | Sociedades por ações | História Econômica Contemporânea

Resumo

A generalização de práticas especulativas de gestão da riqueza na atualidade tem sido apontada por muitos - corretamente - como um dos principais traços da economia contemporânea. A maior parte das explicações que buscam dar conta do fenômeno, entretanto, recorre a explicações que, seja por sua generalidade, seja pela limitação de seu escopo, não consegue dar conta do acontecimento "naquilo que ele realmente representa, em sua verdadeira função no interior do conjunto histórico ao qual pertence" (Marx apud Lukács, p. 83). O presente trabalho tentará suprir tal lacuna, ao vincular o padrão hoje assumido pela acumulação à exacerbação da tensão posta em jogo pelo capital desde seus primórdios: aquela que opõe o "caráter social da riqueza e a riqueza privada" (Marx, 1985, Tomo I, p. 334). A expressão mais acabada dessa exacerbação - que encontraria uma manifestação privilegiada na sociedade acionária e, mais particularmente, nos grandes grupos industriais: sociedades acionárias diretamente vinculadas ao processo de valorização - encontraria-se na crescente perda, pelo capital, da medida de sua valorização, fato que estaria na raiz dos comportamentos aparentemente insanos assumidos pelos maiores grupos capitalistas industriais. Tal hipótese - em si mesma não tão original - encontrará aqui um campo privilegiado para seu teste: a vasta bibliografia atual sobre técnicas de valoração de ativos empresariais, na qual procuraremos vestígios do suposto distanciamento entre as normas socialmente aceitas de avaliação da riqueza e o movimento real de acumulação.

Publicações acadêmicas

(Referências obtidas automaticamente das Instituições de Ensino e Pesquisa do Estado de São Paulo)

HÖFIG, Bruno. Necessidade e acaso na história do capital: o caso do capital acionário. 2013. Dissertação de Mestrado - Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH/SBD) São Paulo.