Paz e resolução de conflitos no mundo Mediterrâneo: as Epístolas Austrasianas (século VI)

• Processo: 10/09140-1
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Data de Início da vigência: 01 de dezembro de 2010
• Data de Término da vigência: 30 de novembro de 2011
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - História - História Antiga e Medieval
• Pesquisador responsável: Marcelo Cândido da Silva
• Beneficiário: Edward Dettmam Loss
• Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Assunto(s): História medieval Paz Império Missões de paz
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Austrásia | Epístolas Austrasianas | Império | Paz | História Medieval

Resumo

Mudanças significativas de perspectiva sobre o papel da violência na Alta Idade Média, ocorridas a partir da segunda metade do século XX, abriram espaço para novas análises sobre a existência de negociação e intercomunicação entre os reinos bárbaros e o Império. Esses estudos, por sua vez, basearam-se nas correspondências trocadas entre ilustres personagens de Bizâncio e dos reinos do Ocidente durante o século VI, que tiveram a sua importância reavaliada nessa nova perspectiva. Dentre esses documentos se encontram as "Epístolas austrasianas", uma coleção de epístolas trocadas entre figuras de destaque do Reino Franco, outros reinos bárbaros e o Império. Essa coleção teria sido provavelmente reunida nos anos de 590, mas só começou a ser estudada sistematicamente a partir de sua inclusão nos M.G.H., no século XIX, através da edição de Wilhelm Gundlach. Pouquíssimos trabalhos utilizando as "Epístolas austrasianas" tiveram como foco o conjunto da coleção. Paul Goubert foi um dos primeiros a analisar essa documentação inserindo-a no contexto das disputas do período e salientando o seu importante papel nas embaixadas enviadas pela Austrásia. Dessa forma, o objetivo principal deste trabalho é analisar como as "Epístolas austrasianas" se constituíram em instrumento para o estabelecimento da paz no âmbito das relações entre os francos e o Império no século VI. (AU)