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Estudos morfologicos sobre as diferencas entre as castas em vespas sociais neotropicais e seus processos evolutivos envolvidos (hymenoptera, vespidae, epiponini).

Processo: 05/00089-5
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Programa Capacitação - Treinamento Técnico
Data de Início da vigência: 01 de junho de 2005
Data de Término da vigência: 31 de março de 2007
Área de conhecimento:Ciências Biológicas - Zoologia - Comportamento Animal
Pesquisador responsável:Fernando Barbosa Noll
Beneficiário:Bruno Gomes
Instituição Sede: Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas (IBILCE). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de São José do Rio Preto. São José do Rio Preto , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:01/02491-4 - Estudos morfológicos sobre as diferenças entre as castas em vespas sociais neotropicais e seu processo evolutivo envolvido (Hymenoptera, Vespidae, Epiponini), AP.JP
Assunto(s):Insetos sociais   Vespidae   Morfometria   Hymenoptera   Epiponini   Castas
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Castas | Epiponini | Hymenoptera | Morfometria | Vespidae | Insetos Sociais

Resumo

Nos insetos sociais, a lógica tradicional estabelece que rainhas são maiores que operárias devido à origem evolutiva da distinção de castas estar baseada na supressão física, ou seja, as fêmeas maiores dominam as menores e se transformam em reprodutoras, e as menores tornam-se operárias. Posteriormente, teriam surgido duas classes de tamanho de fêmeas: rainhas (maiores) normais que são reprodutivamente competentes, e sua prole “raquítica” de operárias (menores) que apresenta pequena capacidade reprodutiva e status de subordinadas. Utilizando-se desse raciocínio, as rainhas representariam o plano básico, e as operárias seriam modificações dele. Embora esta seja uma visão lógica, trabalhos recentes sugerem que a distinção entre as castas em vespas sociais pode ter uma fundamentação inteiramente distinta. Além da interpretação tradicional (acima), é possível que rainhas tornaram-se maiores e que as operárias sejam, na verdade, o plano-básico. O tamanho maior nas rainhas pode ser de importância adaptativa de modo a maximizar a potência de produção de ovos na colônia, e não necessariamente uma conseqüência da competição individual. Estas possibilidades são importantes porque produziriam a mesma diferença bem conhecida nas castas, mas não devido a um conflito pela dominância reprodutiva. Para resolver o conflito, é necessário examinar a origem evolutiva das diferenças entre as castas pela alusão a uma filogenia (árvore evolutiva) das vespas sociais. As características de interesse particular podem ser incluídas na análise ou traçadas na árvore posteriormente para se interpretar a seqüência evolutiva das adaptações. Devido ao fato da variação morfológica relacionar-se à status como “rainha”, ele inclui freqüentemente muitas características discretas além do tamanho (tal como a forma da junção entre o tórax e o abdômen, detalhes do exoesqueleto na cabeça e no tórax como puntuações e pêlos, a forma do primeiro segmento do abdômen, a forma e o número dos ganchos nas asas, etc.), é possível incluir este tipo da variação na análise sem ter um único caráter etiquetado como “rainha” ou “operária”. Se ambas as castas forem incluídas na análise filogenética para muitos gêneros, então pode-se observar se a forma da rainha precedeu aquela da operária no tempo evolutivo. Nesse contexto, particularmente dentre as vespas sociais neotropicais, a tribo Epiponini (Hymenoptera: Vespidae) é particularmente importante por haver um gradiente de padrões de diferenças entre as castas (desde castas morfologicamente incipientes até distintas) e a eventual presença de formas intermediárias de fêmeas não inseminadas que apresentam ovários desenvolvidos a ponto de produzirem ovos viáveis. Para esse estudo, várias espécies de epiponíneos, que representam as variações conhecidas no tamanho populacional e no tipo de diferenças entre as castas serão coletadas em diferentes localidades (Estado de São Paulo e Mato Grosso e Amazônia). As colônias serão coletadas e analisadas por meio de estudos morfológicos para aferição das diferenças entre as castas. Essas análises, associadas à análise do status ovariano das fêmeas e inseminação, estudos morfométricos utilizando métodos estatísticos multivariados como análise discriminante, poderão fornecer informações especialmente importantes para testar alguns dos modelos propostos na literatura para a evolução das castas nesse grupo de vespas sociais.

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