Inovações ao processo de criação e industrialização dos produtos da linhagem monosexo (normal e albina) de rã-touro

• Processo: 09/01574-5
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Programa Capacitação - Treinamento Técnico
• Data de Início da vigência: 01 de março de 2009
• Data de Término da vigência: 30 de setembro de 2009
• Área de conhecimento: Ciências Agrárias - Recursos Pesqueiros e Engenharia de Pesca - Aquicultura
• Pesquisador responsável: Samuel Lopes Lima
• Beneficiário: Daniel Argentim
• Vinculado ao auxílio: 05/51105-0 - Inovações no processo de criação e industrialização de produtos da linhagem monosexo de rã-touro (normal e albina), AP.PIPE
• Assunto(s): Ranicultura Rã-touro Produção animal Processamento de alimentos Inovações tecnológicas
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Criação de rãs | linhagem monosexo | rã-touro | Ranicultura

Resumo

O domínio da produção de linhagem monosexo de rã-touro se apresenta como valioso instrumento para ampliar a produtividade e agregar valor ao produto brasileiro, se demonstrado como "ecologicamente correto" no mercado. Esta tecnologia ganha reforço com a possibilidade da inserção do caráter albino na linhagem, cuja viabilidade foi demonstrada na primeira fase do projeto, porém outros desafios precisam ser superados: novos produtos elaborados a base de carne de rã precisam ser desenvolvidos. O processo da industrialização destes produtos ainda não está definido. Neste particular a carne desfiada se apresenta como um produto potencial para servir de base na formulação de um alimento que pode ser classificado como "funcional", ou "nutricêutico". Resultados recentes em animais indicam este perfil para carne de rã, para casos de alergia e deficiências de cálcio. Falta confirmar este papel em seres humanos. Nesta segunda fase pretende-se realizar um estudo clínico com a colaboração de médicos especialistas em geriatria (pacientes com osteoporose) e gastroenterologia (pacientes com alergia à proteína animal). Outras empresas participarão dos trabalhos em parceria com a Aquavale, no segmento da indústria de abate, processamento e comercialização de produtos gerados a partir da linhagem monosexo. Inovações tecnológicas serão inseridas no abatedouro, otimizando a linha de abate para aumentar a capacidade de produção. O processamento da carne: a técnica da desossa será aprimorada para se obter o produto "carne desfiada". Produtos considerados "protótipos" serão estudados para se produzir novas alternativas, inclusive para a composição e fabricação do "formulado" ou alimento a base da carne de rã que será oferecido aos pacientes no estudo clínico. A produção em escala comercial será realizada na terceira fase, baseada na estrutura de custos obtida com os dados desta fase, para compor o plano de negócios a ser apresentado na oportunidade. Além disto, no que tange à criação, a Aquavale contará com ranários integrados para ampliar a produção desta variedade. Será responsável pela multiplicação da linhagem para oferecer aos ranicultores imagos (rãzinhas) para o processo de engorda, sob um contrato que possibilite a centralização da produção na mesma indústria de abate e processamento. As dificuldades encontradas na primeira fase serão objetos de estudos (baixa fecundidade das desovas das Albinas e cruzamentos para se evitar a endogamia), além dos previstos inicialmente. As empresas contarão com diversos consultores especialistas nas áreas da genética, engenharia e tecnologia de alimentos, nutrição e marketing. Portanto a presente proposta contemplará os principais gargalos da cadeia produtiva. A vanguarda no domínio desta tecnologia poderá significar a recuperação do parque produtivo ranícola brasileiro (+600 ranários e 15 indústrias de abate/processamento). O diferencial da cor da carne da variedade Albina poderá (se superadas as dificuldades), atuar como um marcador genético da procedência "animal de cativeiro" favorecendo o nosso produto no mercado internacional concorrência de animais oriundos do extrativismo (caça). (AU)