Rappers, os novos mensageiros urbanos na Periferia de São Paulo: a contestação estético-musical que emancipa e educa.

• Processo: 11/02173-4
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Programa Capacitação - Treinamento Técnico
• Data de Início da vigência: 01 de abril de 2011
• Data de Término da vigência: 31 de agosto de 2012
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Educação - Fundamentos da Educação
• Pesquisador responsável: Monica Guimaraes Teixeira do Amaral
• Beneficiário: Djalma Lucio Leite de Campos
• Instituição Sede: Faculdade de Educação (FE). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Vinculado ao auxílio: 10/52002-9 - Rappers, os novos mensageiros urbanos na periferia de São Paulo: a contestação estético-musical que emancipa e educa, AP.PP
• Assunto(s): Música Hip hop Rap
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Educação | hip hop | música | rap | Psicanálise, Educação e Cultura

Resumo

A pesquisa tem como objetivo, por meio de entrevistas com as principais lideranças da vertente musical do movimento Hip Hop (o rap), identificar junto a MC´s, compositores, empresários, cantores e músicos sua compreensão a respeito das relações, tensas e criativas, estabelecidas entre o rap, o movimento hip hop, e a indústria cultural na "era digital". A partir das entrevistas com os rappers, b-boys, MC´s e demais integrantes do movimento Hip Hop, daremos suporte a oficinas que serão criadas de rodas de canto falado, grupos de reflexão sobre questões sociais na periferia, produção de letras/poesias e músicas. Considerando a capacidade afirmativa do rap e dos elementos do movimento hip hop, podemos promover uma série de palestras que foquem a valorização da auto-estima e - com o suporte da música - possibilitem que as oficinas dialoguem com elementos desta forma de cultura urbana, como a produção de letras, grafite e oficinas de DJ/discotecagem. Compilação: As entrevistas serão realizadas na periferia da cidade de São Paulo, nos bairros e regiões em que vivem e habitam os músicos, b-boys, grafiteiros e outros artistas que compõem o cenário do movimento hip hop paulistano. Explica-se a necessidade de realizar as entrevistas nestas regiões periféricas, por serem os cenários que "habitam" o discurso dos músicos, sendo parte integrante e fundamental da temática abordada nas letras de raps e objeto de boa parte das obras produzidas pelos integrantes deste movimento. Desta forma, tal aproximação auxiliará a compreensão do discurso dos músicos e poetas periféricos. Serão realizadas entrevistas (com registro sonoro em áudio MP3, vídeo e produção texto em formato jornalístico de entrevista) com os rappers precursores como Mano Brown, KL Jay, Ice Blue e Eddy Rock (integrantes do grupo de rap Racionais MC´s), Nil, Thaíde, DJ Hum, Rappin´ Hood, MC Jack, o empresário e produtor Milton Salles, o dançarino de break Nelson Triunfo; nomes ligados a fases mais recentes do movimento, como os grupos Consciência Humana e Conexão do Morro e os rappers E.m.i.c.i.d.a. e Kamau.Dentro deste universo de entrevistas, somados grupos de rap (formados, em média, por 4/5 integrantes), artistas solo e demais entrevistados teremos um total de cerca de 22 entrevistas.Os músicos listados foram selecionados por sua relevância no contexto histórico do rap e de sua relevância no hip hop. Alguns, como DJ Hum e Thaíde, são precursores do movimento rap em São Paulo; nomes como Racionais MC´s (o mais importante grupo do País) e Rappin´ Hood (responsável por fusões do rap com ritmos como o samba). Dentre os nomes da nova geração, o rapper E.m.i.c.i.d.a. destaca-se pela utilização de novos mecanismos tecnológicos da indústria cultural para propagar sua mensagem e divulgar sua música - mesmo à margem da "grande mídia" (jornais, revistas e rádios). Este levantamento permitirá analisar em medida os avanços da técnica e da reprodução e aproximação com o público se fizeram sentir no rap. As entrevistas serão usadas para compreender o discurso e de que forma estes músicos constroem sua manifestação estético-musical por meio da sua produção musical.