Marx: política e revolução: um (re)encontro com a emancipação do trabalho

• Processo: 10/14216-7
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado
• Data de Início da vigência: 01 de agosto de 2011
• Data de Término da vigência: 28 de fevereiro de 2013
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Ciência Política - Teoria Política
• Pesquisador responsável: Marcos Tadeu Del Roio
• Beneficiário: Paola Baldovinotti Serpa
• Instituição Sede: Faculdade de Filosofia e Ciências (FFC). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Marília. Marília , SP, Brasil
• Assunto(s): Marxismo Emancipação
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Crítica Ontológica | Emancipação humana | Estado | Poder | Política | Revolução Social | Karl Marx

Resumo

O objetivo proposto neste projeto de pesquisa é tratar da concepção de Marx sobre a política, explicitando que há uma trajetória de continuidade no tratamento da questão, posta a partir de sua viragem ontológica inaugurada em 1843, apresentando elementos que possam contribuir para elucidar a polêmica das supostas divergências entre sua produção teórica da juventude e da maturidade. O núcleo central da investigação consiste na leitura sistemática de seus escritos dos anos 40, nos quais o fio condutor é constituído por três críticas ontológicas - a saber, à filosofia especulativa, à política e à economia política clássica. Críticas ontológicas estas que perfazem, em seu conjunto, a instauração de um novo corpus teórico-filosófico, que aí não se encerram, mas que se irradiam pelo conjunto de sua obra. Sendo assim, para tratar do complexo problemático aqui proposto, será destacada a crítica elaborada por Marx relativa à concepção tradicional (ou positiva) da política - ou aquilo que no plano conceitual podemos resumir como sendo a "razão política". Nesta linha reflexiva, de suas origens com os gregos até sua atualização máxima em Hegel - cada qual com suas especificidades - o atributo político é reconhecido como intrínseco ao ser social, um predicado essencial e ineliminável à sociedade em todas as suas atualizações. Essa trajetória será recuperada através do resgate de pensadores que representam momentos significativos na consolidação dessa concepção. Recuperá-la é necessário na medida em que é a partir dessa racionalidade que uma das críticas ontológicas - precisamente o tema de nosso trabalho - de Marx se efetiva, evidenciando um tratamento original daquilo que se refere a Estado, poder e dominação. Isto sem desconsiderar, é óbvio, que as três críticas se realizam numa mútua interdependência. Com a crítica ontológica à política, Marx efetiva uma ruptura com toda essa forma tradicional de pensar e fazer a política. Ruptura essa que redimensiona o atributo político, entendido, com Marx, como predicado humano historicamente determinado, circunscrito a um certo estágio de desenvolvimento do ser social, e que, mesmo tendo sido necessário, hoje se constitui como entrave à efetiva e autêntica liberdade ou emancipação humana. (AU)