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Influência do risco de predação na formação de bandos mistos de Callithrix kuhlii e Leontopithecus chrysomelas

Processo: 11/18079-7
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de novembro de 2011
Data de Término da vigência: 31 de julho de 2012
Área de conhecimento:Ciências Biológicas - Ecologia
Pesquisador responsável:Renata Pardini
Beneficiário:Karina Campos Tisovec Dufner
Instituição Sede: Instituto de Biociências (IB). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Mastozoologia   Manejo ambiental   Predação   Callitrichidae   Leontopithecus chrysopygus   Mata Atlântica
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:agrofloresta | Associações poliespecíficas | Cabruca | Callitrichinae | Comportamento de Primatas | Mata Atlântica | Mastozoologia

Resumo

Bandos mistos, associações interespecíficas nas quais duas ou mais espécies forrageiam juntas, podem constituir uma relação de mutualismo ou comensalismo. Tais associações têm como principais vantagens àquelas relacionadas ao uso dos recursos e estratégias antipredatórias, já as desvantagens estão ligadas à competição por esses recursos. No Brasil, entre os bandos mistos formados por primatas, o caso do sagui de Wied (Callithrix kuhlii) e do mico-leão-de-cara-dourada (Leontopithecus chrysomelas) é o único registrado no bioma Atlântico. Estas espécies possuem os mesmos predadores naturais e grande parte de sua dieta é constituída por frutos e insetos, porém com diferenças importantes no que se refere aos itens consumidos e sítios de forrageio, sugerindo que a formação dos bandos mistos é predominantemente influenciada pelo risco de predação. As duas espécies são endêmicas da floresta Atlântica do sul da Bahia, onde grande parte da vegetação original foi substituída por agroflorestas de cacau (cabrucas). As cabrucas possuem uma menor densidade de árvores e ausência de lianas, usadas pelas espécies arborícolas para locomoção e fuga, quando comparadas às florestas originais, e essa simplificação da vegetação se acentua com a intensificação do manejo das plantações. Os dois primatas utilizam as cabrucas como habitat, e os fatores acima mencionados podem contribuir para um aumento do risco de predação e diminuição da disponibilidade de recursos, processos que levariam a resultados opostos quanto à frequência de formação de bandos mistos. O objetivo deste trabalho é testar se a simplificação da estrutura da vegetação resulta em aumento da formação de bandos mistos, sendo um indício do aumento do risco de predação desses primatas. Para isso, serão utilizados registros fotográficos coletados em sete pares cabruca-floresta e 21 cabrucas com diferentes intensidades de manejo, de modo a verificar se: (1) a proporção de registros de bandos mistos é maior em cabrucas se comparada a florestas; e (2) a proporção de registro de bandos misto é maior em cabrucas com dossel mais raleado, consequência do manejo intensivo.(AU)

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Publicações científicas
(Referências obtidas automaticamente do Web of Science e do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores)
TISOVEC, KARINA C.; CASSANO, CAMILA R.; BOUBLI, JEAN P.; PARDINI, RENATA. Mixed-species Groups of Marmosets and Tamarins Across a Gradient of Agroforestry Intensification. Biotropica, v. 46, n. 2, p. 248-255, . (11/18079-7, 07/54888-1)