Efeito da ativação das células NK na endometriose experimental

• Processo: 12/05791-3
• Modalidade de apoio: Bolsas no Exterior - Estágio de Pesquisa - Pós-Doutorado
• Data de Início da vigência: 01 de maio de 2012
• Data de Término da vigência: 30 de abril de 2013
• Área de conhecimento: Ciências da Saúde - Medicina - Saúde Materno-infantil
• Pesquisador responsável: Rui Alberto Ferriani
• Beneficiário: Mary Lourdes Lima de Souza Montenegro
• Supervisor: Per H. Basse
• Instituição Sede: Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP). Universidade de São Paulo (USP). Ribeirão Preto , SP, Brasil
• Instituição Anfitriã: University of Pittsburgh (Pitt), Estados Unidos
• Vinculado à bolsa: 10/08112-4 - Influência do exercício físico aeróbico sobre endometriose induzida experimentalmente em rata, BP.PD
• Assunto(s): Ginecologia Obstetrícia Endometriose Células matadoras naturais
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: ativação das células NK | Células Natural Killers | endometriose | Tratamento | Ginecologia e Obstetrícia

Resumo

A endometriose é uma doença ginecológica benigna, estrógeno-dependente, que afeta de 10 a 15% das mulheres em idade reprodutiva. A etiopatogenia da endometriose continua controversa e cada vez mais, estudos sugerem que alterações na resposta imunológica são fundamentais para seu desenvolvimento. Nesse sentido, um importante fator de defesa do organismo, as células natural killers (células NK), estão com sua citotoxidade reduzida no fluido peritoneal de mulheres com endometrioses. Este comportamento atípico das células NK poderia facilitar, ao menos em parte, a fixação de células endometriais provenientes do fluxo menstrual retrógrado na cavidade peritoneal. Por outro lado, estudos anteriores tem demonstrado que as células NK podem ser reativadas com uso de IL-2 ou Poly(I:C) (análogo de RNA dupla fita) e esta reativação das células NK tem sido utilizada com sucesso no controle e eliminação de células de câncer. É possível que as células NK ativadas também possam ser utilizadas no tratamento da endometriose, uma vez que assim como as células metastásicas, as células endometriais ectópicas possuem grande potencial de adesão, infiltração e proliferação. Entretanto, nenhum estudo até o momento avaliou se a reativação das células NK poderia exercer efeitos benéficos no controle da endometriose. Neste estudo, nosso objetivo é avaliar o efeito da ativação das células NK no desenvolvimento e progressão da lesão de endometriose experimental. Nós utilizaremos um sofisticado modelo experimental de endometriose em camundongos fêmeas transgênicas para expressão de luciferase, cujas lesões endometriais são fluorescentes, o que nos permitirá monitorar o desenvolvimento da lesão in vivo, sem a necessidade da utilização de métodos invasivos. Utilizando técnicas de imunofluorescência, avaliaremos ainda o acúmulo das células NK ativadas na lesão endometrial, bem como os efeitos do acúmulo dessas células no desenvolvimento do foco endometriótico. Os resultados deste estudo poderão ser úteis no desenvolvimento novas abordagens terapêuticas para o controle e tratamento da endometriose. (AU)