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Sobre máscaras e dissimulação nos ensaios de Montaigne

Processo: 12/12764-2
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Mestrado
Data de Início da vigência: 01 de setembro de 2012
Data de Término da vigência: 31 de agosto de 2014
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Filosofia - História da Filosofia
Pesquisador responsável:Roberto Romano da Silva
Beneficiário:Mateus Masiero
Instituição Sede: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Assunto(s):Ética (filosofia)   Renascimento
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Dissimulação | Ética | Renascimento | Ética

Resumo

A questão acerca das aparências e suas relações com a noção de sociedade é um tema bastante caro para Michel de Montaigne, conforme podemos perceber nos Ensaios. Com efeito, o pensador francês dedica grande atenção a observar o quanto a sociedade dita civilizada se alicerça na prática da dissimulação, no uso constante de máscaras por parte dos indivíduos que pretendam tomar parte na vida social e nas questões públicas. A máscara é instrumento fundamental para a vida em sociedade e será um tema frequente ao longo dos Ensaios. Montaigne, entretanto, distingue duas formas de emprego da máscara: uma moralmente lícita, a outra reprovável; a primeira, necessária para a vida em sociedade, a segunda, merecedora de duras punições. Segundo Montaigne, deve-se utilizar a máscara apenas como meio para se obter um fim honesto, nunca para tirar proveito de outrem e, principalmente, nunca fazer dela um fim em si mesma, transformar-se na própria máscara. Podemos perceber, portanto, uma dupla valoração moral da máscara; ela é lícita desde que superficial, mas, se enraizada em nosso ser, se torna um vício moral. Nesse sentido, Montaigne está de acordo com a tradição de moralistas renascentistas, os quais propunham uma clara distinção entre simulação e dissimulação. E, a partir da crítica moral empreendida contra a sociedade de sua época, mergulhada que estava sob as práticas da má dissimulação, o pensamento de Montaigne se desdobra em uma crítica à retórica instituída, bem como na proposta de um novo tipo de retórica a ser adotado. (AU)

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Publicações acadêmicas
(Referências obtidas automaticamente das Instituições de Ensino e Pesquisa do Estado de São Paulo)
MASIERO, Mateus. Sobre máscaras e dissimulação nos Ensaios de Montaigne. 2015. Dissertação de Mestrado - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Filosofia e Ciências Humanas Campinas, SP.