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Por que morrem as palavras? Efemeridade e licença poética na arte de Horácio

Processo: 12/21454-7
Modalidade de apoio:Bolsas no Exterior - Pesquisa
Data de Início da vigência: 14 de janeiro de 2013
Data de Término da vigência: 28 de fevereiro de 2013
Área de conhecimento:Linguística, Letras e Artes - Letras - Literaturas Clássicas
Pesquisador responsável:Isabella Tardin Cardoso
Beneficiário:Isabella Tardin Cardoso
Pesquisador Anfitrião: Jürgen Paul Schwindt
Instituição Sede: Instituto de Estudos da Linguagem (IEL). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Instituição Anfitriã: Heidelberg University, Alemanha  
Assunto(s):Poesia   Neologismos lexicais
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Ars Poetica | Horácio | Licença Poética | Lírica | Neologismos | poesia latina | Poesia

Resumo

O foco do presente projeto é a passagem da Ars Poetica em que Horácio apresenta sua impressionante imagem da morte das palavras (Ars 60-72). Discute-se, inicialmente, o famoso símile que apresenta palavras antigas como folhas velhas que precisam cair para dar lugar à chegada de uma nova floresta (Ars 60-62). Ao explorar a possibilidade de que os versos 60 a 61 podem fazer sentido tal como foram transmitidos (contra e.g. Brink, 1971, Shackleton Bailey 1985; Rudd, 1989), pretendo apontar que seu significado mais completo depende da memória, por parte do leitor, de um repertório poético tradicional, que emprega a natureza como um símbolo da efemeridade. Em segundo lugar, passa-se a considerar as implicações de se assumir que tal repertório abrange a própria lírica (Brink 1971). O principal ponto que eu gostaria de enfatizar é que esse repertório inclui ainda o que é considerado o ponto central de tal lírica, i.e. o topos do carpe diem (Davis 1991). Um dos indícios de tal inclusão é a presença de alguns dos topoi associados ao do carpe diem - como o memento mori (desta vez no que concerne a palavras) (Achcar 1994) - nos versos subsequentes ao da imagem (Ars 63-72). A questão que permeia a investigação é: até que ponto a representação da morte e nascimento das palavras é consistente com uma leitura poetológica de seu carpe diem e com o modo como o eu-poético pleiteia um tipo de licença poética associável a tal topos (Davis, 1991; Lowrie 1997; Schwindt 2009). Outras vozes antigas são levadas em conta: por exemplo a discussão de Lucrécio quanto à origem da linguagem (Hardie 2009) e a discussão retórica sobre o uso (usus) de arcaísmos e neologismos em língua latina (Brink 1971; Dufallo 2005). Na presente investigação, tais vozes serão consideradas na medida de sua contribuição para a percepção dos efeitos e limites da lírica horaciana no contexto da Ars Poetica. (AU)

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